Artigo: Mapa - Jogo do Pau 2016

Fonte: Jogo do Pau Português
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Sobre

  • Relevância: ★★★
  • Título: Jogo do Pau
  • Autor: Bruno Afonso e Frederico Martins
  • Publicação: Artigo em «Jornal Mapa» nº 12 de fevereiro-abril 2016, pp. 31-32

Resumo

O artigo discute a importância do jogo do pau como uma habilidade essencial no passado em Portugal, especialmente nas áreas rurais do Minho e Trás-os-Montes. Antigamente, as pessoas precisavam saber se defender de ladrões e animais selvagens, assim como lutar contra indivíduos de outras aldeias. O jogo do pau era uma arte marcial portuguesa que se desenvolveu ao longo dos séculos e envolvia o uso de um pau como arma.

Os autores mencionam que no passado, carregar um pau fazia parte da indumentária do homem do campo, servindo como apoio nas deslocações e como arma quando necessário. O pau utilizado no jogo do pau era uma vara com cerca de 1,50 cm a 1,60 cm de comprimento, com uma ponta mais grossa do que a outra. Diferentes tipos de madeira eram usados, como marmeleiro, freixo, carvalho, castanho e lódão.

O jogo do pau tinha raízes antigas, mas poucos registros históricos são encontrados. No entanto, existem referências a essa prática ao longo da história portuguesa, como nas lutas dos "caceteiros" do rei D. Miguel durante a Guerra Civil Portuguesa em 1828. Durante as invasões francesas, os camponeses do norte que dominavam o jogo do pau desempenharam um papel importante nas guerrilhas contra os invasores.

O artigo também destaca a relação do jogo do pau com a literatura portuguesa. Autores como Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós escreveram sobre o jogo do pau em seus romances, retratando-o como uma parte importante da cultura e identidade portuguesa.

Além disso, o texto aborda a forma como o jogo do pau era treinado na época. Os jogadores se enfrentavam em lutas reais contra pessoas de outras aldeias, desenvolvendo suas técnicas de jogo. Esses treinos eram arriscados e muitas vezes envolviam desafios de lutar contra vários oponentes ao mesmo tempo. O jogo do pau também era demonstrado em feiras e romarias, onde os melhores lutadores mostravam suas habilidades e consolidavam seu prestígio.

O jogo do pau estava ligado aos conceitos de honra e justiça. Atacar traiçoeiramente pelas costas ou atacar alguém desarmado era considerado uma violação da honra. O jogo do pau era uma forma de resolver disputas e manter a ordem, e era visto como uma expressão de coragem e habilidade.

O artigo oferece um vislumbre fascinante da importância do jogo do pau na cultura e na sociedade portuguesa até o início do século XX. Era uma habilidade essencial para a sobrevivência e uma parte integral da vida das pessoas nessas regiões rurais.

Artigo

« Até ao início do séc. XX era essencial saber jogo do pau. Era uma questão de sobrevivência, de vida ou de morte. Sem guardas nem policias, as pessoas no interior do país tinham de se conseguir defender de ladrões e animais selvagens, viajando de freguesia em freguesia, entre serras e montes, assim como nas lutas e confrontos pessoais com gentes de outras aldeias. O jogo do pau é uma arte marcial portuguesa que durante séculos se desenvolveu essencialmente no norte de Portugal, nas zonas rurais do Minho e Trás-os-Montes, e um pouco pelo sul da Galiza. Eram outros tempos. No livro "A Arte do jogo do pau", de 1886, Joaquim António Ferreira escreve: "Quando de noite me retirar dalguma casa, darei, á sahida da porta, uma pancada forte na soleira, sempre coberto com o meu pau para evitar alguma traição." "Quando tambem de noite, fôr bater a qualquer casa, pegarei no meu chapéo e põl-o-hei na ponta do meu pau; e, assim que se me abrira porta, darei uma passada forte, e ao mesmo tempo mette-rei o pau adiante com o chapéo em cinza; se casualmente vier alguma pancada, apanha-la-ha o chapéo e não a minha cabeça." Podemos aqui ver como seria viver na época. Com o perigo latente, sempre presente. No norte de Portugal um homem nunca saía de casa sem levar o seu pau. "Vivia-se num estado em que as agressões e os ataques eram sempre de recear."


O VARAPAU

Na época, o pau, ou varapau, fazia parte da indumentária do homem do campo. Era usado como apoio nas deslocações, ou como arma quando necessário.

Como o nome indica, no jogo do pau a arma usada é um pau. Uma vara com um comprimento entre 1,50cm e 1,60cm, com uma ponta mais grossa do que a outra. As madeiras mais comuns eram o marmeleiro, freixo, carvalho, castanho e lódão — sendo que a favorita é o lódão, pela sua resistência e flexibilidade. "O rapaz tinha-se por moço quando arranjava o seu varapau e ia de ronda com os outros; era assim como ser armado cavaleiro." Na época, o pau, ou varapau, fazia parte da indumentária do homem do campo. Era usado como apoio nas deslocações, ou como arma quando necessário. Podemos supor que o manejo do pau, o seu uso e aperfeiçoamento como arma de combate, foi um desenvolvimento natural contra os perigos que o rodeavam. O varapau sempre acompanhava o homem. Se o homem ia a pé, o pau ia na mão. Se ia de cavalo, o pau transportava-se debaixo de uma perna, pronto para ser usa-do. O varapau "só se largava de mão enquanto o moço conversava com a sua moça na lareira da casa desta, então o pau ficava à porta, para indicar aos outros que nada tinham que fazer ali."

HISTÓRIA

O jogo do pau reinou em Portugal durante séculos, mas os registos antigos são poucos e vagos, mas sempre presentes na história portuguesa. Em 1438, o rei D. Duarte I escreveu "Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela", um dos registos mais antigos que se encontra com a técnica usada no jogo do pau. Os 'caceteiros' do rei D. Miguel durante a Guerra Civil Portuguesa (Guerra Miguelista ou Guerra dos Dois Irmãos), em 1828, eram jogadores do pau. Mas eram homens pagos para bater noutros homens por motivos políticos, a troco de dinheiro. "Batiam em gente geralmente indefesa, com o objectivo de causar terror e calar os opositores de quem lhes pagava." Diziam que um "caceteiro" dá cacetadas, não joga ao pau. Durante as invasões francesas em Portugal, as guerrilhas do norte, esses camponeses nortenhos, guerreiros de foices e vara-paus na mão, tiveram um papel muito importante na vitória portuguesa. "Adeus, meu Napoleão,/ Que é quasi meia-noite/Achaste em Portugal/Quem te désse muito açoite" — Raul Brandão Em 1916 Portugal entrou na Primeira Grande Guerra. Muitos homens minhotos e transmontanos foram enviados para a guerra das trincheiras, e com eles foi a arte do jogo do pau. Era uma vantagem grande. Deram-se bem no manejo da baioneta e na luta das trincheiras, corpo a corpo. "O sargento Américo Pelotas, comandando em Lacouture, uma patrulha de reconhecimento, vé cair todos os seus homens ceifados pelas metralhadoras; fica só ele, de pé, defendendo-se de seis alemães que o atacam à baioneta; destro jogador de pau, varre-os, como numa feira; quatro mordem a terra; dois fogem; e quando o valente regressa à trincheira, vitorioso, o tiro certeiro de um sniper prostra-o para sempre." (O heroísmo, a elegância, o amor - O Mosteiro da Batalha - Júlio Dantas, 1923) "Um exército? Mas ele não precisa de um exército além do vara-pau, do burro e do cão. O varapau varre uma feira, tão eficazmente como um canhão krupp" (As Alegres Canções do Norte — Alberto Pimentel)

ESCRITORES E CONTOS

Sendo o jogo do pau uma arte essencialmente rural, quem sabia lutar não sabia ler nem escrever. O conhecimento passava pelo treino e pela prática, pela necessidade. Muitos mestres viviam exclusivamente do ensino, cavalgando de aldeia em aldeia, de região em região. Para prolongarem os dias das lições guardavam para si certas técnicas, certos segredos, de forma a terem sempre mais alguma coisa a ensinar, num dia diferente. Mas se estivessem numa freguesia diferente da sua, os mestres escondiam o seu conhecimento, dando assim vantagem à sua aldeia em caso de confronto. Existia uma tradição oral na troca de informações, mas não havia notas nem manuais. Tudo isto ajudou a que muito se perdesse. Neste sentido, o séc. XIX e início do séc. XX foram gloriosos, com escritores como Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, etc., a escreverem sobre o assunto e a incluírem o jogo do pau nos seus romances. "Camilo de Noronha, que, já neste século foi notável como toureiro e varredor de feiras. A sua destreza no jogo de pau era tal, que chegava a um arraial, apeava e destroçava a multidão, atirando homem por terra como uma criança que derrota um regimento de soldadinhos de chumbo." (O Conde d'Abranhos - Eça de Queirós 1925)

TREINAR A SÉRIO

A única forma que tinham de treinar era jogando a sério, contra pessoas de outras aldeias, pessoas com outra arte, com técnicas diferentes. "Já os antigos diziam que pancada à perna não faz mossa, não mata. Pancada na cabeça já é outra coisa." Uma vez, num almoço com o mestre Nuno Russo, ouvi a história do que se fazia para treinar contra outra gente. O jogador ia de cavalo até uma aldeia vizinha e dava 2 tostões a um moço para lhe guardar o cavalo à saída da aldeia. Então o homem ia a pé até uma tasca, bebia uns copos de vinho tinto e arranjava uma discussão com alguém. Na meio das palavras erguia o varapau e iniciava a luta. Estes combates eram geralmente levados em desvantagem numérica, onde um homem lutava contra vários ao mesmo tempo. Quando o cerco apertava demasiado ou quando o homem se cansava, ele dava uma pirueta com umas varrimentas para o lado, abrindo um buraco no meio do cerco, e fugia na direcção do cavalo. Eram treinos arriscados. Punham a sua vida em perigo. Mas não havia outra forma de o fazer. Muitas vezes, membros de aldeias rivais apareciam nas festas já com a intenção de combater. As lutas comecavam à minima provocação, ao mais pequeno pretexto. Eram lutas campais épicas. O som dos paus a cruzar o ar, a poeira levantada, os gritos das mulheres, o sangue e o vinho derramados. Destas batalhas ferozes resultavam sempre mortos e feridos. Na base das lutas estava a rivalidade entre pessoas e aldeias, ou a disputa de terras, trocos mal contados, amores perdidos, e, claro, a paixão pelo vinho.

Qualquer provocação, qualquer motivo, era justificação para iniciar uma luta. E era nas lutas que se desenvolvia a técnica de jogo. Muitos queriam mostrar o seu valor como lutadores queriam ser "o melhor dentro dos melhores".

No ensaio "O jogo do pau em Portugal". Ernesto Veiga de Oliveira, escreve: "Em certas partes, havia gestos específicos de desafio: «riscar o campo», isto é, fazer no chão um risco com o pau e ditar uma cominação arrogante a que o atravessasse, ou, mais genericamente, passar arrastando o pau pela frente dos inimigos. "Muitas vezes, a simples comparência ou passagem do grupo adversario, sobretudo em território da frequência inimiga, era já a provocacão, noutros casos, a luta era a resposta a qualquer intimacão injuriosa ou impertinente."

Na época, por vezes também se faziam demonstrações e pequenos torneios, mas o que começava como brincadeira como jogo de demonstração, rapidamente se transformava num combate a sério, duro e violento. Na sua origem estava o ego e o amor-proprio, especialmente tendo público a observar. Não era raro haver 'esperas' para desforras nos caminhos de regresso. Uma axioma conhecido por experiência desses jogadores rurais, é que era sempre perigoso dois homens brincarem a jogar o pau, porque ninguém gosta de perder, sobretudo havendo assistência."

FEIRAS E ROMARIAS

Nas feiras e romarias os melhores Lutadores (puxadores) mostravam a sua arte varrendo a feira. Intocáveis, rodopiavam o varapau pela feira, partindo varas e cabeças dos valentes que se tentassem opor. Era a forma de consolidarem o seu prestígio como grandes jogadores, andando à pancadaria, provocando duelos, lutando contra outros jogadores igualmente habeis e valentes, mostrando à terra que continuavam bons puxadores. Ora, senhores./Fui eu só contra trinta/E cá só com o meu cajado/Pois senhores dei-the tantas/Que os levou o diabo./E elles todos armados/De Fouces e de forcados./Mas assim que se viram/Com as cabeças rachadas/E os hombros deslocados/fugiram todos/Que os ferou os diabos. (Joaquim Maria da Costa, 1890)

Percorriam regiões inteiras a lutar e a marcar território. Existia uma aura heróica que rodeava estes puxadores. Muitas histórias se contavam sobre as suas proezas e façanhas. No livro do Malhadinhas. Aquilino Ribeiro escreve sobre Chico Pedreiro, de Ermesinde, que parava com o pau as pedras que dois homens the atiravam. Ou o Carvalho, um grande jogador do Porto, que numa feira em Aveiro Lutou bem contra um grande grupo que o atacava — até que tropeçou e caiu ao chão. “[...] nessa altura a melhor jogador dos adversarios saltou para o seu lado, pronto a defendê-lo, dizendo aos seus companheiros que quem pretendesse bater no valente caído tinha que ter primeiro consigo." (O jogo do pau em Portugal" - Ernesto Veiga de Oliveira)

O jogo do pau está inteiramente ligado com os conceitos de honra e justiça. Fafe é famosa pela sua justiça popular a justiça do pau, do cacete. Ainda nos dias de hoje mantém vivo o lema de que "Em Fate ninguém fante".

Era a honra que impedia que se atacasse alguém traçoeiramente, pelas costas; era, ainda, a honra que proibia atacar alguém que não empunhasse um pau. (Violência rural em Portugal na segunda metade do século XIX - Irene Vaquinhas)

DECLÍNIO DO JOGO DO PAU

O inicio do séc. XX foi o apogeu da prática do logo do pau por toda a extensão do território português. Durante séculos foi uma arte de combate essencial na vida rural do norte de Portugal, onde o seu uso estava intrinsecamente ligado com a estrutura da vida rural. Mas a procura de uma vida melhor fora das aldeias levou a uma crescente migração de pessoas do Minho e Trás-os-Montes para as zonas urbanas, mais a sul do pais. Desta forma o jogo do pau chegou às cidades, onde foi aceite por desportistas, por burgueses e fidalgos. Assim se transformou o jogo-combate, ou jogo-rural, em desporto, em esgrima desportiva. Foram criados grupos do Porto a Portimão, um pouco por todo o país.

Criaram-se manuais com regras, técnicas, descrições de golpes e contra-ataques, com fotos e ilustrações, e um pouco de história. Havia torneios e eventos.

"Dr. João Moura Pinheiro Arnaldo Ressano Garcia, em 26 de Março de 1907, fizeram no Coliserne um assalto memorável, luta rija. tendo intervindo a autoridade. Foram pelo Infante D. Afonso chamados ao seu camarote, conjuntamnete com o seu mestre, Artur dos Santos. Ai foram felicitados e abraçados."

Mas hoje em dia está quase extinto. Já não se pratica na rua, já não se conta histórias nos cafés. Já não se conhecem os heróis e os seus feitos. O jogo caiu no esquecimento do povo. Tenta-se agora, entre os grupos existentes e os seus praticantes, lutar pela sua memória e preservação. Ainda assim, apesar do jogo ter saído da vida quotidiana portuguesa, séculos de história, de batalhas e de cultura, não se apagaram totalmente. Podemos ainda encontrar o jogo do pau no léxico e em expressões populares portuguesas. Alguns exemplos como: "Poe-te a pau!" "Andar à paulada", "Porrada", "Bordoada", "Dar cabo do canastro, "Levar com o pau de marmeleiro", "Varrer a feira", "Metido num sarilho", continuam a ser de uso comum assim como na giria desportiva o uso de expressões como "Caceteiro", "Estás a dar muito pau!...

PROIBICAO DOS PAUS NAS FEIRAS

O declinio do jogo do pau foi progressivo a partir do final sec. XIX. A emigração para outros paises e a migração para as grandes cidades, foram algumas das razões. Longe do norte, fora do seu meio natural, não havia razão para os homens jogarem ao pau ou para as crianças o aprenderem. A aquisição de armas de fogo também se tornou mais fácil, tornando o uso do pau mais obsoleto. Mas ainda no norte, com a formação de autoridades policiais no meio rural, foi iniciada a proibição do uso de varapaus, acelerando o seu dedinio.

É rara a romaria em que não haja alguma briga, de a força pública, chamada - cabos de polícia – não chega quase nunca a pacificar. Vale mais a autoridade de um cavaleiro, ou de uma pessoa estimada daquele povo do que trinta cabos de policia armados de quanta força lhes pode dar o codigo administrativo. Nunca os lavradores em desordem se voltaram contra o homem sério, que os foi aquietar mas contra os cabos isso são todos." (Roberto Valença - Romance - Antonio Augusto Teixeira de Vasconcelos, 1848)

Quando os combates eram a matar, usava-se na ponta do pau uma lâmina (ou choupa). Essa ponta estava coberta com uma protecção de metal que logo se retirava assim que o combate começava. Por vezes, em vez da choupa usava-se uma foice (que também era usada para cortar silvas e ervas daninhas).

Nenhuma pessoa poderá usar de pau ferrado no pé ou ponta, sob pena de the poder ser retirado por qualquer cabo de policia, official de diligencias ou zelador e pagará a multa de 200 reis, para as despeza do Concelho. (Posturas da Câmara Municipal do Concelho de Cambra, feitos em sessão de 6 de novembro de 1852)

ACTUALMENTE

Actualmente o jogo do pau já só existe como desporto ou como arte de demonstração. Em competição mundial contra vietnamitas, japoneses, chineses, ingleses, franceses - o jogo com pau tem-se mostrado imbatível.

É uma arte de combate extremamente eficaz – sem desperdícios de energia, sem teatro, sem floreados. Serve para se defender o corpo, para sobreviver – mas quando se ataca serve para partir braços, pernas, dentes, costelas, cabeças. Serve para ser eficaz.

Hoje em dia não é necessario saber jogo do pau, como noutros tempos. Mas é importante mantermos a sua memoria, pois esquecermo-nos do jogo do pau e também esquecermo-nos da nossa história, da nossa cultura, das nossas tradicões, e de um tempo onde a comunidade tinha voz, onde a justiça podia ser feita pela própria mão. O passado só tem importância se for lembrado.

Nas palavras de Ernesto Veiga de Oliveira: "Com o desaparecimento do jogo do pau, perde-se não só uma tecnica de combate extremamente original e adequada, mas também o que resta desse clima heróico [...] que ele ajudava a modelar, numa sociedade já totalmente domesticada". »

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