Jacinto Correia: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
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== Sobre ==
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Lugar de Atouguia, Gorcinhos – Mafra, finais de Janeiro de 1808: ao final da manhã, o jornaleiro '''Jacinto Correia''', habitante da área, de 46 anos, casado e com filhos, dirige-se, como habitualmente, para casa com o produto do seu trabalho. No caminho, é abordado bruscamente por dois soldados franceses que o pretendem roubar. Jacinto Correia não teme e não cede, segue-se uma violenta luta entre os três homens. O jornaleiro saloio, homem de rija têmpera e habituado ao trabalho duro do campo, habilmente e com raiva, brande a foice roçadora que transporta e golpeia mortalmente os dois soldados que o atacaram.
'''Jacinto Correia''', nasceu em ''Zambujeira do Mar'', concelho da ''Lourinhã'', no ano de 1759, residiu em ''Atouguia de Baleia'', onde acabou por casar e inde nasceram quase todos os seus filhos (7 dos seus 8 filhos), tendo depois rumado para Mafra onde trabalhou com os frades do Convento.
 
Reza a história que:
 
''"Finais de Janeiro de 1808, ao final da manhã, o jornaleiro Jacinto Correia, habitante da área, de 46 anos, casado e com filhos, dirige-se, como habitualmente, para casa com o produto do seu trabalho. No caminho, é abordado bruscamente por dois soldados franceses que o pretendem roubar. Jacinto Correia não teme e não cede, segue-se uma violenta luta entre os três homens. O jornaleiro saloio, homem de rija têmpera e habituado ao trabalho duro do campo, habilmente e com raiva, brande a foice roçadora que transporta e golpeia mortalmente os dois soldados que o atacaram.


Em pouco tempo, uma força militar francesa detém Jacinto Correia, que é presente a tribunal e julgado num Conselho de Guerra. Apesar de algumas autoridades locais tentarem o perdão do jornaleiro, o Tribunal empurrou o processo para uma incriminação do réu, que impunha punir exemplarmente.
Em pouco tempo, uma força militar francesa detém Jacinto Correia, que é presente a tribunal e julgado num Conselho de Guerra. Apesar de algumas autoridades locais tentarem o perdão do jornaleiro, o Tribunal empurrou o processo para uma incriminação do réu, que impunha punir exemplarmente.
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Em determinada altura do julgamento, porque o jornaleiro apresentava uma atitude de serenidade e desafio, foi-lhe perguntado por Loison, '''“se o arrependimento já tinha exercido algum efeito no seu espírito”'''. A resposta, tão convicta como desconcertante, '''“se todos os Portugueses fossem como eu, não ficaria um francês vivo”'''.
Em determinada altura do julgamento, porque o jornaleiro apresentava uma atitude de serenidade e desafio, foi-lhe perguntado por Loison, '''“se o arrependimento já tinha exercido algum efeito no seu espírito”'''. A resposta, tão convicta como desconcertante, '''“se todos os Portugueses fossem como eu, não ficaria um francês vivo”'''.


Jacinto Correia foi condenado à morte e fuzilado no campo da Alameda, no topo sul do Convento de Mafra, a 25 de Janeiro de 1808.
Jacinto Correia foi condenado à morte e fuzilado no campo da Alameda, no topo sul do Convento de Mafra, a 25 de Janeiro de 1808."''


== Galeria de imagens ==
== Galeria de imagens ==

Revisão das 20h11min de 15 de janeiro de 2023

Sobre

Jacinto Correia, nasceu em Zambujeira do Mar, concelho da Lourinhã, no ano de 1759, residiu em Atouguia de Baleia, onde acabou por casar e inde nasceram quase todos os seus filhos (7 dos seus 8 filhos), tendo depois rumado para Mafra onde trabalhou com os frades do Convento.

Reza a história que:

"Finais de Janeiro de 1808, ao final da manhã, o jornaleiro Jacinto Correia, habitante da área, de 46 anos, casado e com filhos, dirige-se, como habitualmente, para casa com o produto do seu trabalho. No caminho, é abordado bruscamente por dois soldados franceses que o pretendem roubar. Jacinto Correia não teme e não cede, segue-se uma violenta luta entre os três homens. O jornaleiro saloio, homem de rija têmpera e habituado ao trabalho duro do campo, habilmente e com raiva, brande a foice roçadora que transporta e golpeia mortalmente os dois soldados que o atacaram.

Em pouco tempo, uma força militar francesa detém Jacinto Correia, que é presente a tribunal e julgado num Conselho de Guerra. Apesar de algumas autoridades locais tentarem o perdão do jornaleiro, o Tribunal empurrou o processo para uma incriminação do réu, que impunha punir exemplarmente.

Em determinada altura do julgamento, porque o jornaleiro apresentava uma atitude de serenidade e desafio, foi-lhe perguntado por Loison, “se o arrependimento já tinha exercido algum efeito no seu espírito”. A resposta, tão convicta como desconcertante, “se todos os Portugueses fossem como eu, não ficaria um francês vivo”.

Jacinto Correia foi condenado à morte e fuzilado no campo da Alameda, no topo sul do Convento de Mafra, a 25 de Janeiro de 1808."

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