Jacinto Correia: diferenças entre revisões
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'''Jacinto Correia''', nasceu em ''Zambujeira do Mar'', concelho da ''Lourinhã'', no ano de 1759, residiu em ''Atouguia de Baleia'', onde acabou por casar e inde nasceram quase todos os seus filhos (7 dos seus 8 filhos), tendo depois rumado para Mafra onde trabalhou com os frades do Convento. | |||
Reza a história que: | |||
''"Finais de Janeiro de 1808, ao final da manhã, o jornaleiro Jacinto Correia, habitante da área, de 46 anos, casado e com filhos, dirige-se, como habitualmente, para casa com o produto do seu trabalho. No caminho, é abordado bruscamente por dois soldados franceses que o pretendem roubar. Jacinto Correia não teme e não cede, segue-se uma violenta luta entre os três homens. O jornaleiro saloio, homem de rija têmpera e habituado ao trabalho duro do campo, habilmente e com raiva, '''brande a foice roçadora que transporta e golpeia mortalmente os dois soldados que o atacaram.''''' | |||
Jacinto Correia foi condenado à morte e fuzilado no campo da Alameda, no topo sul do Convento de Mafra, a 25 de Janeiro de 1808. | ''Em pouco tempo, uma força militar francesa detém Jacinto Correia, que é presente a tribunal e julgado num Conselho de Guerra. Apesar de algumas autoridades locais tentarem o perdão do jornaleiro, o Tribunal empurrou o processo para uma incriminação do réu, que impunha punir exemplarmente.'' | ||
''Em determinada altura do julgamento, porque o jornaleiro apresentava uma atitude de serenidade e desafio, foi-lhe perguntado por Loison, '''“se o arrependimento já tinha exercido algum efeito no seu espírito”'''. A resposta, tão convicta como desconcertante, '''“se todos os Portugueses fossem como eu, não ficaria um francês vivo”'''. | |||
Jacinto Correia foi condenado à morte e fuzilado no campo da Alameda, no topo sul do Convento de Mafra, a 25 de Janeiro de 1808."'' | |||
Este “herói de Mafra” é considerado a 1.ª vitima oficial, em toda a península ibérica, às mãos dos exércitos de Napoleão, durante a Primeira Invasão Francesa. | |||
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Tratou-se de um acto heróico, que correu célere de boca em boca. Junot, temendo que a atitude patriótica do «mafrense» estimulasse ânimos e ódios para provocações futuras, publicou uma semana depois a notícia da execução de Jacinto Correia: | |||
''«Um dos vossos compatriotas, Jacinto Correia, convencido de um grande crime, foi condenado á morte; Esta severidade das leis assegura a tranquilidade pública de que dependem as vossas vidas e propriedades»''<br> | |||
<small>Gazeta de Lisboa, 1 de Fevereiro de 1808</small> | |||
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Image:Tumulo_memoria_Jacinto_Correia.jpg|Túmulo à memória de Jacinto Correia | Image:Tumulo_memoria_Jacinto_Correia.jpg|Túmulo à memória de Jacinto Correia | ||
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Edição atual desde as 20h24min de 15 de janeiro de 2023
Sobre
Jacinto Correia, nasceu em Zambujeira do Mar, concelho da Lourinhã, no ano de 1759, residiu em Atouguia de Baleia, onde acabou por casar e inde nasceram quase todos os seus filhos (7 dos seus 8 filhos), tendo depois rumado para Mafra onde trabalhou com os frades do Convento.
Reza a história que:
"Finais de Janeiro de 1808, ao final da manhã, o jornaleiro Jacinto Correia, habitante da área, de 46 anos, casado e com filhos, dirige-se, como habitualmente, para casa com o produto do seu trabalho. No caminho, é abordado bruscamente por dois soldados franceses que o pretendem roubar. Jacinto Correia não teme e não cede, segue-se uma violenta luta entre os três homens. O jornaleiro saloio, homem de rija têmpera e habituado ao trabalho duro do campo, habilmente e com raiva, brande a foice roçadora que transporta e golpeia mortalmente os dois soldados que o atacaram.
Em pouco tempo, uma força militar francesa detém Jacinto Correia, que é presente a tribunal e julgado num Conselho de Guerra. Apesar de algumas autoridades locais tentarem o perdão do jornaleiro, o Tribunal empurrou o processo para uma incriminação do réu, que impunha punir exemplarmente.
Em determinada altura do julgamento, porque o jornaleiro apresentava uma atitude de serenidade e desafio, foi-lhe perguntado por Loison, “se o arrependimento já tinha exercido algum efeito no seu espírito”. A resposta, tão convicta como desconcertante, “se todos os Portugueses fossem como eu, não ficaria um francês vivo”.
Jacinto Correia foi condenado à morte e fuzilado no campo da Alameda, no topo sul do Convento de Mafra, a 25 de Janeiro de 1808."
Este “herói de Mafra” é considerado a 1.ª vitima oficial, em toda a península ibérica, às mãos dos exércitos de Napoleão, durante a Primeira Invasão Francesa. [1]
Tratou-se de um acto heróico, que correu célere de boca em boca. Junot, temendo que a atitude patriótica do «mafrense» estimulasse ânimos e ódios para provocações futuras, publicou uma semana depois a notícia da execução de Jacinto Correia:
«Um dos vossos compatriotas, Jacinto Correia, convencido de um grande crime, foi condenado á morte; Esta severidade das leis assegura a tranquilidade pública de que dependem as vossas vidas e propriedades»
Gazeta de Lisboa, 1 de Fevereiro de 1808