Livro: A Winter in the Azores - and a Summer at the Baths of the Furnas

Fonte: Jogo do Pau Português
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capa do livro

Sobre

  • Relevância: ★★★
  • Título: A Winter in the Azores - and a Summer at the Baths of the Furnas
  • Autor: Joseph Bullar, Henry Bullar. van Voorst
  • Publicação: Lisboa: Na Impresa Nacional, 1822
  • Formato: II volume, 390 páginas


No ano de 1841, publicou-se em Londres uma obra bastante volumosa em dois volumes, intitulada A Winter in the Azores: and a Summer at the Baths of the Furnas. Resulta a obra dos diários do médico inglês Joseph Bullar que passou o inverno 1838/1839 na ilha de São Miguel em companhia com o seu irmão, o advogado Henry Bullar, passando o verão seguinte nas Furnas e nalgumas das ilhas do arquipélago.

Também neste conjunto de livros, que é uma das mais conhecidas obras que pertencem à literatura anglófona de viagens dedicada aos Açores, os autores oferecem um manancial de observações e comentários sobre o arquipélago que se devem a observações e juízos pessoais do autor.

Excerto da obra

Destacamos neste livro, um acontecimento retratado pelos irmãos Bullarem em Povoação, no dia 5 de julho de 1839, onde os autores afirmam que durante mais de meio ano no arquipélago não tinham visto rapazes a lutar – uma coisa tão insólita que eles até não sabiam como usar os punhos! Neste mesmo âmbito, debruçam-se sobre as formas de luta entre os homens açorianos.[1]

« July 5. – To-day, for the first time since I have been in these islands, I have seen two boys fighting; that is, pushing, scratching, and pulling hair. They had no notion of the use of the fist. The men generally war with a woman's weapon, – the tongue, observing so much politeness, even at the climax of their rage, as to call each other "senhor"; but, in many cases, where two Englishmen would strip to fight, the Azoreans would use the knife. They occasionally fight with sticks, or rather long poles, requiring much dexterity in the management. When used in sport, the rencontre is much more graceful than our game of single-stick» (pág.207-208)

Excerto traduzido:

« 5 de julho. – Hoje, pela primeira vez desde que estou nestas ilhas, vi dois rapazes lutando; isto é, empurrar, arranhar e puxar o cabelo. Eles não tinham noção do uso do punho. Os homens geralmente guerreiam com a arma da mulher, – a língua, observando tanta polidez, mesmo no auge da raiva, que se chamam “senhor”; mas, em muitos casos, onde dois ingleses se despiam para lutar, os açorianos usavam a faca.

Ocasionalmente lutam com paus, ou melhor, varas compridas, exigindo muita destreza no manejo. Quando usado no desporto, o reencontro é muito mais gracioso do que o nosso jogo de bastão simples (single-stick). (pág.207-208)

Ler o livro

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Ver também

Referências

  1. ATAS/ANAIS do XXIII COLÓQUIO DA LUSOFONIA,FUNDÃO 2015 março 27-31, página 228