Livro: Mata-cães: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
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''Fernando Correia da Silva'' foi autor de obra literária e poética, fundador de diversos jornais e editoras, as perseguições da Pide forçaram-no ao exílio no Brasil, de onde voltou depois do 25 de Abril para se dedicar ao movimento cooperativo.
''Fernando Correia da Silva'' foi autor de obra literária e poética, fundador de diversos jornais e editoras, as perseguições da Pide forçaram-no ao exílio no Brasil, de onde voltou depois do 25 de Abril para se dedicar ao movimento cooperativo.


De entre as suas obras destacam-se os romances '''"Mata Cães"''', em torno de um herói pícaro a desembarcar em pleno Abril de 74 e, dez anos depois, "Querença". Em 1998 e 2000 publicou "Maresia" e "Lianor".
De entre as suas obras destacam-se os romances '''"Mata Cães"''', em torno de um herói pícaro a desembarcar em pleno Abril de 74 e, dez anos depois, "Querença". Em 1998 e 2000 publicou "Maresia" e "Lianor".<ref>https://www.esquerda.net/artigo/morreu-o-escritor-fernando-correia-da-silva/33455</ref>


== Excerto da obra ==
== Excerto da obra ==
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* [https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Correia_da_Silva Fernando Correia da Silva - Wikipédia]
* [https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Correia_da_Silva Fernando Correia da Silva - Wikipédia]
== Referências ==

Revisão das 12h09min de 17 de janeiro de 2023

capa do livro


Sobre

  • Relevância: ★☆☆
  • Título: Mata-cães
  • Autor: Fernando Correia da Silva (1931-2014)
  • Publicação: Edições Salamandra, 1986
  • Formato: 211 Páginas


Fernando Correia da Silva foi autor de obra literária e poética, fundador de diversos jornais e editoras, as perseguições da Pide forçaram-no ao exílio no Brasil, de onde voltou depois do 25 de Abril para se dedicar ao movimento cooperativo.

De entre as suas obras destacam-se os romances "Mata Cães", em torno de um herói pícaro a desembarcar em pleno Abril de 74 e, dez anos depois, "Querença". Em 1998 e 2000 publicou "Maresia" e "Lianor".[1]

Excerto da obra

« Ribatejano, o meu avô paterno gostava muito do rapaz que eu era e eu retribuía-lhe a amizade com cigarros Definitivos. Também levando-o aos espetáculos de luta livre no Parque Mayer. Ele gostava muito dos combates. Eu gostava mais da alegria e da raiva que os lutadores lhe davam. Ria-se e gritava. Levantava-se do lugar, empunhava a bengala, recordava as lutas da sua mocidade.

O meu avô foi mestre de varapau e por causa da sua jaqueta de alamares e calça afiambrada, teve que dar muita cacetada em fidalgotes arrogantes. Também gostava de tomar uns copos mas, diz o meu pai, por mais carregados que levasse os machinhos, nunca bateu em velhos, aleijadinhos ou dementes e nunca arrastou a asa a mulher casada.

Era um galhardo defensor dos fracos e numa daquelas noites de chuva e escuridão, depois de três litros de briol, até desafiou e fez uma espera ao Diabo que, temeroso, não apareceu na azinhaga do costume. Para a valentia do meu avô havia apenas duas qualidades de homens: os bons e os maus (os justos e os injustos, os leais e os traiçoeiros). »

Ver também

Links externos

Referências