Livro: O Juiz de Soajo

Fonte: Jogo do Pau Português
capa do livro

Sobre

  • Relevância: ★★★
  • Título: O Juiz de Soajo
  • Autor: José Ruy (1930-2022)
  • Publicação: Âncora Editora - 1ª Edição agosto 2014
  • ISBN: 9789727804597
  • Formato: 32 páginas (211 x 301 x 3 mm)


A história, os costumes e as tradições da vila de Soajo, em Arcos de Valdevez, são preservados pela mão de José Ruy, o autor português de banda desenhada com mais álbuns publicados. A propósito da comemoração dos 500 anos do Foral de Soajo, a Âncora Editora reedita uma obra de valor inestimável pelo registo do rico património cultural, paisagístico e patrimonial desta aldeia singular, outrora sede do concelho. [1]

Sobre Soajo

Soajo mantem orgulho na sua História e na sua identidade. Durante a Idade Média os seus Monteiros tinham privilégios específicos de independência e guarda de uma área de enorme importância para a coroa portuguesa. Séculos de vivências criaram uma identidade única e uma das mais conhecidas povoações portuguesas, integrada no Parque Nacional da Peneda-Gerês. O seu pelourinho, do século XVI é único no seu género e um dos mais enigmáticos exemplares do seu tipo, partilhando valia com um notável conjunto de 24 espigueiros, totalmente em granito e assentes num enorme afloramento rochoso, verdadeiros ex-líbris da povoação.

D. Manuel outorgou-lhe Foral e privilégios de Vila em 1514; foi concelho, abrangendo as freguesias de Ermelo e Gavieira, sendo integrado no de Arcos de Valdevez em consequência das reformas liberais do século XIX.Composta por um núcleo central, Soajo integra vários lugares: Bairros, Carreiras, Costa Velha, Cruzeiros, Eiró, Fraga da mó, Lage, Raposeiras, Rio Bom, Teso, Torre e Concieiro. Afastados da povoação, existem ainda os lugares de Adrão, Campo Grande, Cunhas, Paradela, Vilar Suente e Vilarinho das Quartas [2]

Sobre a Lenda

A narrativa do Juiz de Soajo aponta para a sapiência e equilíbrio da sua decisão, tomada perante o Tribunal da Relação do Porto, onde foi chamado a propósito de um crime que involuntariamente presenciou e que acusava um inocente; perante o coletivo de juízes proferiu a seguinte decisão: “Que o homem morra que não morra, dê-se-lhe um nó que não corra. Degradado por toda a vida, e cem anos para se preparar”. Nesta sua sessão no tribunal portuense ficou igualmente famosa a frase que proferiu a propósito do facto de não lhe ter sido dada uma simples cadeira para se sentar, tendo que o fazer no capote que vestiu e deixou no mesmo local: “O Juiz de Soajo, cadeira onde se sentou, nunca consigo a levou.” [3]

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Referências