Livro: Ribatejo, lendário e pitoresco

Fonte: Jogo do Pau Português
capa do livro

Sobre

  • Relevância: ★☆☆
  • Título: Ribatejo, casos e tradições
  • Autor: Francisco Câncio (1903-1973) (Usou por vezes o pseudónimo de João dos Montes)
  • Publicação: Instituto de Coimbra e do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, 1946
  • Formato: 502+VIII páginas


Livro profusamente ilustrado no texto com desenhos, e fotogravuras, nomeadamente a de Azinhaga do Ribatejo. Obra contendo importantes recolhas históricas sobre a Rainha Santa Isabel e a sua devoção a Santa Irene.

Publicado pelo Instituto de Coimbra e do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia. Edição Comemorativa do Oitavo Centenário da Conquista da Região Ribatejana. Com o alto patrocínio da Junta de Província do Ribatejo.

Este escritor dedicou-se de alma e coração a trabalhos históricos e etnográficos, onde tem um lugar bem marcante pelo menos no que se refere ao Ribatejo. Da sua bibliografia destaca-se, no que respeita ao Ribatejo: [1]

  • 1936 - Ribatejo, Monografia Ilustrada, Crónicas Estremenhas
  • 1938 - Ribatejo Histórico e Monumental (com a patrocínio da J.P.Ribatejo)
  • 1940 - Contos Ribatejanos
  • 1941 - Festa Brava
  • 1944 - Subsídios para a História Económica do Ribatejo
  • 1946 - Ribatejo Lendário e Pitoresco
  • 1947 - O Ribatejo e as Festas Centenárias de Lisboa
  • 1948 - Ribatejo, casos e tradições
  • 1956 - Notas dum ribatejano

Excertos da obra

« No dia 13 de Maio, na freguesia de Espinheiro, também no concelho de Alcanena, se faz uma romaria a S. Braz do Prado, a qual se repete nos dias 24, 25 e 26 de Dezembro, para que os homens possam mostrar ao Santo os progressos que fizeram no jogo do pau, velha tradição da freguesia, que se orgulha de ter bons jogadores.

O jogo do pau é muito apreciado no Ribatejo onde existem excelentes cultivadores — embora não muito numerosos – deste admirável desporto, denominado esgrima nacional, para o qual, além da destreza, é necessário possuir um agudo golpe de vista.

«... e entre a rapaziada, não é raro ver-se atacar pelas costas, um amigo que vai em meio dum grupo, batendo-lhe amorosamente uma cajadada ao travez das pernas; volta-se lesto o agredido, cajado em riste e reconhecendo o atacante, segue-se saltitante sarilho de varapaus, com gaudio hilariante do grupo.»¹
(1) Dr. Tito Bourbon Noronha- o Concelho de Arruda dos Vinhos - Apontamentos para uma monografia, in Bol, da Junta de Prov. Estrem. II Série n. 12/46. »

Ver também

Referências

  1. Dicionário Enciclopédico LELLO UNIVERSAL, 1975, pág. 448 Vida Ribatejana nº Especial de 1940 e de 1956