Maria da Fonte

Fonte: Jogo do Pau Português
Revisão em 08h03min de 10 de outubro de 2022 por Wikijpp (discussão | contribs) (→‎Publicações onde é citado)
(dif) ← Revisão anterior | Revisão atual (dif) | Revisão seguinte → (dif)
Maria da fonte.jpg


Quem foi Maria da Fonte?

Joana Maria Esteves, Joaquina Carneira, Josefa Caetana, Maria Angelina, Maria Custódia Milagreta, Maria da Fonte do Vido, Maria da Mota, Maria Luiza Balaio, Maria Vidas, todas podem ter sido a Maria da Fonte que deu nome à revolta de 1846, um motim popular dirigido por mulheres, por muitas e não apenas por uma.

Muitos defendem que foi o nome dado a um grupo generalizado de mulheres, sem que houvesse qualquer uma a destacar-se do conjunto, outros defendem que foi uma mulher específica.

Para alguns como José Paixão Bastos, a verdadeira Maria da Fonte chamava-se Maria Luísa Balaio, que lhe chamavam Maria da Fonte. Era proprietária de uma hospedaria “Maria da Fonte”, ponto onde ocorriam as revoltosas, onde logo lhes aparecia Maria Luísa Balaio, que ao que tudo indica nunca tomou parte ativa na revolução feminina.

Josefa Caetano, Maria Angélica de Simães, para o povo de Fontarcada a verdadeira Maria da Fonte, ou uma outra mulher de nome Maria, são outras hipóteses que ao longo dos anos se têm colocado.

No fundo, apesar de todas as teorias, Maria da Fonte foi um amplo combate pela liberdade e pela justiça social, muito mais do que um protesto contra a proibição dos enterros nas igrejas, que não deixou de ser enunciado na literatura através de Camilo Castelo Branco, na música por Midosi e Frondoni “Hino da Maria da Fonte”, nas artes plásticas por José Augusto Távora que pintou Maria da Fonte na parede de uma sala do clube Povoense.

Maria da Fonte, um enigma que continua. Afinal que rosto tem essa figura que se tornou uma lenda?… [1]

Sobre

Maria da Fonte, ou Revolta do Minho, é o nome dado a uma revolta popular ocorrida em 22 de março de 1846 na freguesia de Fonte Arcada do concelho de Póvoa do Lanhoso (então ainda freguesia de Fontarcada), contra o governo cartista presidido por António Bernardo da Costa Cabral que proibiu o enterramento dos mortos no interior das igrejas, como até aí era tradição. Era uma medida que se enquadrava nas Leis da Saúde, que obrigava ao enterramento dos cadáveres nos cemitérios, locais recém-criados, à imagem do que já acontecia na Europa. [2]

Publicações

Veja os excertos na obra original do Padre Casimiro José Vieira, Apontamentos para a história da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da Fonte.

Ver também

Referências