Jogo na Zona Oeste: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
 
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== ZONA REGIONAL : OESTE ==
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=== Ortigosa (Leiria) ===
Infelizmente não há registos escritos que apontem para a prática do Jogo do Pau na regisão da ''Ortigosa'', contudo, foi nesta aldeias que
''Mestre [[Mestre: José Arroteia|José Braz Arroteia]]'' nasceu no ano de '''1795''' e casou no Casal das Varzeas. Era apelidado de “Gigante do Souto”, dada a sua estatura corpulenta. Possivelmente teria vivido em ''Souto da Carpalhosa'', a 5Km de ''Ortigosa''.
Homem de grande coragem, audácia e ardor na arte do Jogo do pau, na destreza no jogo da faca e nas suas lutas e contendas em diferentes cenários das bacias do Lis e do Tejo, na serra de Aire e mais tarde em Alvaiázere.
Dada a grande fama de jogador de pau, foi convidado pelo fidalgo Luis da Silva Ataíde para dar lições ao [[Rei D. Miguel]], em Salvaterra. Após as invasões francesas e após o regresso do monarca do Brasil, entre 1831-1834, deu-se a Guerra Civil Portuguesa, e para sua defesa pessoal e da sua própria guarda, contratou os serviços deste mestre.
Terá sido na ''Ortigosa'' ou em ''Souto'', que o Mestre [[Mestre: José Arroteia|Arroteia]] aprendeu o jogo do pau, ou seria na região ribatejana da borda d'Água? Infelizmente, será algo que dificilmente saberemos...


=== Nazaré ===
=== Nazaré ===

Edição atual desde as 17h28min de 11 de agosto de 2023

ZONA REGIONAL : OESTE

Nazaré

Embora o símbolo do saloio esteja associado a um homem rural sempre com um varapau na mão, as referências escritas são muito poucos. Apenas temos conhecimento da existência do Jogo do Pau na Nazaré, através dos relatos de Júlio César Machado durante os anos 1860 e 1880. Nascido em Lisboa a 1 de Outubro de 1835 e falecido na mesma cidade em 12 de naneiro de 1890. foi um escritor, jornalista, tradutor, autor de romances, contos e peças de teatro, e, sobretudo, como folhetinista e cronista.[1]

Júlio Machado testemunhou na Nazaré, o jogo do pau em 1860 e as lições dadas durante o verão de 1881. Segundo o autor, os professores iam de propósito à Nazaré, nesta época, para dar lições de pau a cinco tostões por discípulo! Nesta altura era muito dinheiro. Para dar um exemplo aproximado, podemos mencionar que, em 1881, um trabalhador rural poderia ganhar em média cerca de 1.000 a 2.000 réis por dia. No alentejo, por exemplo, ganhava 1.200 réis[2] Sendo 5 tostões o equivalente a 500 reis[3], estamos a falar o valor de meio dia de trabalho por discípulo!

Testemunhou também, o uso do varapau pelos homens e o teatro da Nazaré e o hábito de os espetadores assistirem às peças com o varapau na mão e serem muito barulhentos.[4]

Referências