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Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Jornal: O Domingo Ilustrado
- Publicação: Nº 148, 13 de Novembro de 1927
Crónica alegre por Xisto Junior.
« Dos meus tempos desportivos. JOGO DE PAU: Como é do conhecimento geral, o jogo do pau é uma esgrima genuinamente nacional, que conta com a proteção do Estado e da Igreja. O estado alimenta e auxilia aquele jogo, pondo a funcionar o parlamento, onde rara é a sessão em que não há paulitada grossa, como aquelas da sinécura e da lácuna e ainda outras que o “Diário das Câmaras” regista como recordes do jogo do pau. A religião mostra o seu interesse pelo mesmo jogo, mantendo aberta ao culto a igreja dos Paulistas. As paradas do jogo do pau têm diferentes designações: se a tacada vem de cima para baixo, chama-se pau do ar; se faz nódoas negras, chama-se pau de sabão; se atinge em cheio o adversário, no alto da cabeça, chama-se pau de cabeleira; quando lhe dá no nariz, nas pernas, nos braços e no céu da boca, diz-se que é pau para toda a obra. Ás vezes acontece que dois sports-men, dos que cultivam este género de esgrima, realizam, em plena rua, assaltos muito brilhantes, servindo-se das bengalas. Em regra a policia intervém, leva os assaltantes ao curativo e depois para a esquadra. A estes assaltos à bengala costumam os jornais chamar, impropriamente, cenas de pugilato, quando deveriam chamar-lhes de bengalato. » |
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