Livro: De Lisboa a La Lys: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
(Criou a página com "thumb|right|200px| {| align=center |- |capa do livro |- | |} == Sobre == * '''Relevância: ''' ★☆☆ * '''Título:''' De Lisboa a La Lys - O corpo expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial * '''Autor:''' Filipe Ribeiro de Meneses * '''Publicação:''' Dom Quixote, março de 2018 * '''ISBN:''' * '''Formato:''' 9 de abril de 1918 foi um dos dias mais mortíferos na história militar de Portugal...")
 
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O cirurgião José Pontes, que se destacaria na sociedade pelos cuidados com soldados mutilados, escreveu, de Paris,
no verão de 1917, nesta veia:


» <small>(Pág. 208)</small>
Ha ingleses que desejam aprender a tocar guitarra. Alguns já cantam o fado e ao sul de La Bassée não é raro ouvir um ou outro canadiano cantar o «<Choradinho»> ou o «31». E como a feição sportiva [sic] nunca a perdem, '''muitos deles exercitam-se no jogo do pau [...] Em compensação, os ingleses ensinam as regras do ''box''. Mas aqui os portugueses falham. Não têm paciência para se sujeitar ao regulamento!<ref>A Capital, 1 de setembro de 1917</ref>
» <small>(Pág. 52)</small>
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O já citado Raul de Carvalho escrevia em maio de 1917 no diário sobre o sucesso dos portugueses entre a população feminina francesa e o mal-estar que este causava entre as forcas inglesas (mas não as escocesas): «A antipatia dos ingleses para connosco é tal que mesmo nas ruas os oficiais inferiores não cumprimentam os nossos.» Segundo Carvalho, a situação tornava-se preocupante; rara era a noite em Paris-Plage em que não houvesse cenas de pugilato entre britânicos e os portugueses. Em certas ocasiões, estas transformavam-se em batalhas campais, recorrendo os portugueses ao jogo do pau para se defenderem.
» <small>(Pág. 226)</small>
<ref>Raul de Carvalho, p. 75.</ref>
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» <small>(Pág. 53)</small>
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[[Francisco Padinha]] era um gigante de bigode fininho, bem cuidado e com uma volta nas pontas. Tinha começado na luta greco-romana e evoluído para o levantamento de pesos. Natural de Olhão, Padinha pesava mais de 115 quilos, mas era capaz de levantar muito mais do que isso acima da cabeça. Desafiado num treino, sem preparação, levantou 128 quilos.
 
No início de 1914, ficou a saber-se pelos jornais que Padinha, sem rival em Portugal no que dizia respeito à força, tinha encontrado uma nova paixão, o '''jogo do pau'''. Há vários meses que treinava com um dos melhores professores do país, [[Artur dos Santos]]. E o mestre não lhe poupava elogios — Padinha, dizia, era rápido, elegante e com a souplese de um rapaz de 60 quilos.
» <small>(Pág. 227)</small>
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Revisão das 09h39min de 19 de agosto de 2024

capa do livro

Sobre

  • Relevância: ★☆☆
  • Título: De Lisboa a La Lys - O corpo expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial
  • Autor: Filipe Ribeiro de Meneses
  • Publicação: Dom Quixote, março de 2018
  • ISBN:
  • Formato:


9 de abril de 1918 foi um dos dias mais mortíferos na história militar de Portugal. Numa só manhã, perto de 400 portugueses morreram, muitos mais foram feridos e o número de prisioneiros rondou os 6600.

O Corpo Expedicionário Português (CEP), símbolo máximo do esforço de guerra nacional durante a Primeira Guerra Mundial, desapareceu dos campos de batalha franceses enquanto unidade organizada.

A jovem República apostara forte na constituição do CEP e seu envio para a Frente Ocidental, e perdera.

Neste volume Filipe Ribeiro de Meneses regressa ao tema da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, propondo uma nova interpretação das causas e das consequências do desastre sofrido em La Lys.[1]

Excertos da obra

« O cirurgião José Pontes, que se destacaria na sociedade pelos cuidados com soldados mutilados, escreveu, de Paris, no verão de 1917, nesta veia:

Ha ingleses que desejam aprender a tocar guitarra. Alguns já cantam o fado e ao sul de La Bassée não é raro ouvir um ou outro canadiano cantar o «<Choradinho»> ou o «31». E como a feição sportiva [sic] nunca a perdem, muitos deles exercitam-se no jogo do pau [...] Em compensação, os ingleses ensinam as regras do box. Mas aqui os portugueses falham. Não têm paciência para se sujeitar ao regulamento![2] » (Pág. 52)

« O já citado Raul de Carvalho escrevia em maio de 1917 no diário sobre o sucesso dos portugueses entre a população feminina francesa e o mal-estar que este causava entre as forcas inglesas (mas não as escocesas): «A antipatia dos ingleses para connosco é tal que mesmo nas ruas os oficiais inferiores não cumprimentam os nossos.» Segundo Carvalho, a situação tornava-se preocupante; rara era a noite em Paris-Plage em que não houvesse cenas de pugilato entre britânicos e os portugueses. Em certas ocasiões, estas transformavam-se em batalhas campais, recorrendo os portugueses ao jogo do pau para se defenderem. [3] » (Pág. 53)

Ver também

Referências

  1. https://www.wook.pt/livro/de-lisboa-a-la-lys-filipe-ribeiro-de-meneses/21502221
  2. A Capital, 1 de setembro de 1917
  3. Raul de Carvalho, p. 75.