Livro: De Lisboa a La Lys: diferenças entre revisões
(Criou a página com "thumb|right|200px| {| align=center |- |capa do livro |- | |} == Sobre == * '''Relevância: ''' ★☆☆ * '''Título:''' De Lisboa a La Lys - O corpo expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial * '''Autor:''' Filipe Ribeiro de Meneses * '''Publicação:''' Dom Quixote, março de 2018 * '''ISBN:''' * '''Formato:''' 9 de abril de 1918 foi um dos dias mais mortíferos na história militar de Portugal...") |
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O já citado Raul de Carvalho escrevia em maio de 1917 no diário sobre o sucesso dos portugueses entre a população feminina francesa e o mal-estar que este causava entre as forcas inglesas (mas não as escocesas): «A antipatia dos ingleses para connosco é tal que mesmo nas ruas os oficiais inferiores não cumprimentam os nossos.» Segundo Carvalho, a situação tornava-se preocupante; rara era a noite em Paris-Plage em que não houvesse cenas de pugilato entre britânicos e os portugueses. Em certas ocasiões, estas transformavam-se em batalhas campais, recorrendo os portugueses ao jogo do pau para se defenderem. | |||
<ref>Raul de Carvalho, p. 75.</ref> | |||
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Revisão das 09h39min de 19 de agosto de 2024
Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Título: De Lisboa a La Lys - O corpo expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial
- Autor: Filipe Ribeiro de Meneses
- Publicação: Dom Quixote, março de 2018
- ISBN:
- Formato:
9 de abril de 1918 foi um dos dias mais mortíferos na história militar de Portugal. Numa só manhã, perto de 400 portugueses morreram, muitos mais foram feridos e o número de prisioneiros rondou os 6600.
O Corpo Expedicionário Português (CEP), símbolo máximo do esforço de guerra nacional durante a Primeira Guerra Mundial, desapareceu dos campos de batalha franceses enquanto unidade organizada.
A jovem República apostara forte na constituição do CEP e seu envio para a Frente Ocidental, e perdera.
Neste volume Filipe Ribeiro de Meneses regressa ao tema da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, propondo uma nova interpretação das causas e das consequências do desastre sofrido em La Lys.[1]
Excertos da obra
« O cirurgião José Pontes, que se destacaria na sociedade pelos cuidados com soldados mutilados, escreveu, de Paris, no verão de 1917, nesta veia: Ha ingleses que desejam aprender a tocar guitarra. Alguns já cantam o fado e ao sul de La Bassée não é raro ouvir um ou outro canadiano cantar o «<Choradinho»> ou o «31». E como a feição sportiva [sic] nunca a perdem, muitos deles exercitam-se no jogo do pau [...] Em compensação, os ingleses ensinam as regras do box. Mas aqui os portugueses falham. Não têm paciência para se sujeitar ao regulamento![2] » (Pág. 52) |
« O já citado Raul de Carvalho escrevia em maio de 1917 no diário sobre o sucesso dos portugueses entre a população feminina francesa e o mal-estar que este causava entre as forcas inglesas (mas não as escocesas): «A antipatia dos ingleses para connosco é tal que mesmo nas ruas os oficiais inferiores não cumprimentam os nossos.» Segundo Carvalho, a situação tornava-se preocupante; rara era a noite em Paris-Plage em que não houvesse cenas de pugilato entre britânicos e os portugueses. Em certas ocasiões, estas transformavam-se em batalhas campais, recorrendo os portugueses ao jogo do pau para se defenderem. [3] » (Pág. 53) |
Ver também
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Referências
- ↑ https://www.wook.pt/livro/de-lisboa-a-la-lys-filipe-ribeiro-de-meneses/21502221
- ↑ A Capital, 1 de setembro de 1917
- ↑ Raul de Carvalho, p. 75.