Filme: Amor de Perdição: diferenças entre revisões
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'''Amor de Perdição''' é uma adaptação cinematográfica do romance homónimo de ''Camilo Castelo Branco'' feita pelo realizador ''António Lopes Ribeiro'' em 1943. Conta com ''António Vilar'' no papel de ''Simão Botelho'', uma jovem ''Carmen Dolores'' como ''Teresa de Albuquerque'' e ''António Silva'' como ''João da Cruz''. É considerada uma das mais fidedignas adaptações da famosa obra camiliana, tendo o diálogo sido respeitado quase na íntegra. É o filme de estreia de ''Carmen Dolores'', que contava apenas com 19 anos na altura das rodagens<ref>https://pt.wikipedia.org/wiki/Amor_de_Perdi%C3%A7%C3%A3o_(1943)</ref> | '''Amor de Perdição''' é uma adaptação cinematográfica do romance homónimo de ''Camilo Castelo Branco'' feita pelo realizador ''António Lopes Ribeiro'' em 1943. Conta com ''António Vilar'' no papel de ''Simão Botelho'', uma jovem ''Carmen Dolores'' como ''Teresa de Albuquerque'' e ''António Silva'' como ''João da Cruz''. É considerada uma das mais fidedignas adaptações da famosa obra camiliana, tendo o diálogo sido respeitado quase na íntegra. É o filme de estreia de ''Carmen Dolores'', que contava apenas com 19 anos na altura das rodagens<ref>https://pt.wikipedia.org/wiki/Amor_de_Perdi%C3%A7%C3%A3o_(1943)</ref> | ||
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Finalisavani as férias, quando o corregedor teve um grave dissabor. Um dos seus criados tinha ido levar a beber os machos, e, por descuido ou proposito, deixou quebrar algumas vasilhas que estavam á vez no parapeito do chafariz. Os donos das vasilhas conjuraram contra o criado; espancaram-no. Simão passava nesse ensejo; e, armado d'um fueiro que descravou d'um carro, partiu muitas cabeças, e rematou o trágico espectáculo pela farça de quebrar todos os cântaros, O povoleu intacto fugira espavorido, que ninguém se atrevia ao filho do corregedor; os feridos, porém, incorporaram-se e foram clamar justiça á porta do magistrado. | |||
Simão Botelho levou de Vizeu para Coimbra arrogantes convicções da sua valentia. Se recordava os chibantes pormenores da derrota em que | |||
puzera trinta aguadeiros, o som cavo das pancadas, a queda atordoada d'este, o levantar-se d'àquelle, ensanguentado, a bordoada que abrangia três a um tempo, a que afocinhava dois, a gritaria de todos, e o estrepito dos cantaros afinal, Simão deliciava-se nestas lembranças, como ainda não vi nalgum drama, em que o veterano de cem batalhas relembra os louros de cada uma, e esmorece, afinal, estafado de espantar, quando não é de estafar, os ouvintes.» <small>(Páginas 15 e 17)</small> | |||
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Revisão das 08h12min de 12 de dezembro de 2024
Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Título: Amor de Perdição
- Realização: de António Lopes Ribeiro
- Estreia: 1943
Amor de Perdição é uma adaptação cinematográfica do romance homónimo de Camilo Castelo Branco feita pelo realizador António Lopes Ribeiro em 1943. Conta com António Vilar no papel de Simão Botelho, uma jovem Carmen Dolores como Teresa de Albuquerque e António Silva como João da Cruz. É considerada uma das mais fidedignas adaptações da famosa obra camiliana, tendo o diálogo sido respeitado quase na íntegra. É o filme de estreia de Carmen Dolores, que contava apenas com 19 anos na altura das rodagens[1]
Excerto da obra que contém a cena
« Finalisavani as férias, quando o corregedor teve um grave dissabor. Um dos seus criados tinha ido levar a beber os machos, e, por descuido ou proposito, deixou quebrar algumas vasilhas que estavam á vez no parapeito do chafariz. Os donos das vasilhas conjuraram contra o criado; espancaram-no. Simão passava nesse ensejo; e, armado d'um fueiro que descravou d'um carro, partiu muitas cabeças, e rematou o trágico espectáculo pela farça de quebrar todos os cântaros, O povoleu intacto fugira espavorido, que ninguém se atrevia ao filho do corregedor; os feridos, porém, incorporaram-se e foram clamar justiça á porta do magistrado. Simão Botelho levou de Vizeu para Coimbra arrogantes convicções da sua valentia. Se recordava os chibantes pormenores da derrota em que puzera trinta aguadeiros, o som cavo das pancadas, a queda atordoada d'este, o levantar-se d'àquelle, ensanguentado, a bordoada que abrangia três a um tempo, a que afocinhava dois, a gritaria de todos, e o estrepito dos cantaros afinal, Simão deliciava-se nestas lembranças, como ainda não vi nalgum drama, em que o veterano de cem batalhas relembra os louros de cada uma, e esmorece, afinal, estafado de espantar, quando não é de estafar, os ouvintes.» (Páginas 15 e 17) |
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Veja somente a cena com Jogo do Pau Cena de desordem no chafariz, em que Simão "varre a feira" com um estadulho (estaca que seguram a carga de um carro de bois) |
Filme completo de 1:14 minutos, a preto e branco e som estéreo Veja a cena com Jogo do Pau aos 8 minutos |
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