Artigo: Fafe veio a Lisboa com o pau que servia para matar os ciumes 1985: diferenças entre revisões
(Criou a página com " == Sobre == * '''Relevância: ''' ★★★ * '''Título:''' Fafe veio a Lisboa com o pau que servia para matar os ciúmes * '''Autor:''' José Pacheico, fotos de Salvador Ribeiro * '''Publicação:''' Jornal «Correio da Manhã», Ano VII nº 2267 de 30 junho == Excerto do artigo == {| class="wikitable" style="text-align: left;" |- | « Fate desceuz sexta-feira para jogar o jogo do pau no Rossio e contar histórias sangrentas, que metem «bulhas» d...") |
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De pau na mão, homens que sabem historias mirabolantes disseram que vinham em paz... porque o passado (triste) não tem saudosistas. A missão era só mostrar como foi a célebre «justiça de Fafe», feita de paus que dobram mas não partem, que Camilo contou, como ninguém, sobre a pele do famosos Morgado. | De pau na mão, homens que sabem historias mirabolantes disseram que vinham em paz... porque o passado (triste) não tem saudosistas. A missão era só mostrar como foi a célebre «justiça de Fafe», feita de paus que dobram mas não partem, que Camilo contou, como ninguém, sobre a pele do famosos Morgado. | ||
Homens adultos, rapazes e raparigas fizeram a viagem de autocarro, por iniciativa da Câmara Municipal da vila, a 16 quilómetros de Guimarães, que se quis associar assim, à estreia, no Teatro Nacional, da famosa peça de Camilo, o «Morgado de Fafe em Lisboa». | |||
Como não podia vir o Morgado, a Câmara mandou Fafe com os seus paus da «altura de um homem» e de bombos «feitos com pele de cabra» , que animaram a Baixa, alegraram os pombos que comem poluição e quebraram um pouco do «verniz» do velho Teatro D. Maria. | |||
Quatorze jogadores, onde se destaca um praticante com apenas 10 anos de idade, são dirigidos por «mestre» Filipe Freitas. | |||
O mestre ensina, encoraja, grita, atiça... parra parecer que tudo é real. Mas os tempos mudaram: «Antes, não era um jogo, era uma defesa», dizia. «Antes, vinha-se de namorar e, no meio do caminho, podia lá estar um ciumento e quem tinha unhas é que tocava guitarra». | |||
E, a talhe de foice, é um outro que acrecenta: «De vez em quando, lá morria um ou outro». | |||
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Revisão das 22h20min de 13 de maio de 2023
Sobre
- Relevância: ★★★
- Título: Fafe veio a Lisboa com o pau que servia para matar os ciúmes
- Autor: José Pacheico, fotos de Salvador Ribeiro
- Publicação: Jornal «Correio da Manhã», Ano VII nº 2267 de 30 junho
Excerto do artigo
« Fate desceuz sexta-feira para jogar o jogo do pau no Rossio e contar histórias sangrentas, que metem «bulhas» de sague, cabeças partidas, em feiras dos nossos avós. De pau na mão, homens que sabem historias mirabolantes disseram que vinham em paz... porque o passado (triste) não tem saudosistas. A missão era só mostrar como foi a célebre «justiça de Fafe», feita de paus que dobram mas não partem, que Camilo contou, como ninguém, sobre a pele do famosos Morgado. Homens adultos, rapazes e raparigas fizeram a viagem de autocarro, por iniciativa da Câmara Municipal da vila, a 16 quilómetros de Guimarães, que se quis associar assim, à estreia, no Teatro Nacional, da famosa peça de Camilo, o «Morgado de Fafe em Lisboa». Como não podia vir o Morgado, a Câmara mandou Fafe com os seus paus da «altura de um homem» e de bombos «feitos com pele de cabra» , que animaram a Baixa, alegraram os pombos que comem poluição e quebraram um pouco do «verniz» do velho Teatro D. Maria. Quatorze jogadores, onde se destaca um praticante com apenas 10 anos de idade, são dirigidos por «mestre» Filipe Freitas. O mestre ensina, encoraja, grita, atiça... parra parecer que tudo é real. Mas os tempos mudaram: «Antes, não era um jogo, era uma defesa», dizia. «Antes, vinha-se de namorar e, no meio do caminho, podia lá estar um ciumento e quem tinha unhas é que tocava guitarra». E, a talhe de foice, é um outro que acrecenta: «De vez em quando, lá morria um ou outro». » |
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