Artigo: PSP - Tudo começou com Quadrilheiros

Fonte: Jogo do Pau Português
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Sobre

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  • Título: PSP - Tudo começou com Quadrilheiros
  • Autor: Jornal «O Século»
  • Publicação: Jornal «O Século», quinta-feira, 2 de Julho de 1987


Artigo de jornal sobre a Polícia de Segurança Pública que comemorava nesse dia o Dia Nacional da Policia.

Os Quadrilheiros

Os Quadrilheiros, foram a primeira entidade policial Portuguesa, quando D. Fernando em 12 de setembro de 1383 cria o Corpo de Quadrilheiros, dependente dos municípios respetivos. Havendo assim em cada cidade, vila, lugar e respetivos termos um determinado número de quadrilheiros, que variava de acordo com o número de moradores da povoação. Os quadrilheiros eram escolhidos de entre os moradores locais e nomeados pelos juízes e vereadores reunidos em câmara, tendo que servir durante um período de três anos. Estes Quadrilheiros tinham como arma, uma vara, a qual devia estar sempre à porta da habitação de cada um deles, que representava o sinal da autoridade. [1]

Artigo

« Assegurar a manutenção da ordem e tranquilidades públicas e prevenir e reprimir a criminalidade são os principais objetivos da Polícia de Segurança Pública, que hoje comemora o Dia Nacional da Policia.

Com mais de 700 anos de existência, a Policia de Segurança Publica tem a sua origem no Corpo de Quadrilheiros, fundado pelo rei D. Femando. Ao longo da sua historia, também foi conhecida por Corpo da Guarda Real da Policia, Guarda Municipal, Corpo da Policia Cívica e a sua actual designação apareceu em 1927 por decreto governamental.

A primeira organização da Policia em Portugal data de 12 de Setembro de 1383, quando el-rei D. Fernando criou o Corpo de Quadrilheiros, dependente dos municipios respectivos.

Os Quadrilheiros, ficavam obrigados, sob juramento, a servirem nesse oficio durante três anos consecutivos, a terem as suas armas, representadas por uma vara, a qual devia estar sempre à porta da habitação de cada um deles e representava o sinal da autoridade.

Estes homens nao recebiam remuneração alguma, e por isso, muitos Quadrilheiros fugiam a esse emprego obrigatório.

Em 10 de Junho de 1460, 0 Rei D. Afonso V, dá aos quadrilheiros privilégios, reconhecendo-se assim que, para bem da comunidade, tinha de haver Quadrilheiros.

Os monarcas que se seguiram a D. Femando debruçaram-se igualmente sobre o problema da Ordem Pública, remodelando o Corpo de Quadrilheiros que, no entanto, nunca atingiu organização que satisfizesse as necessidades da população.

No reinado de D. Sebastião, foram promulgadas as Leis de 31 de Janeiro de 1559, de 17 de Janeiro de 1570, de 12 de Julho de 1571 e de 18 de Agosto do mesmo ano, que reforçavam leis anteriores, para melhor conter a onda do crime, tendo especialmente em vista actos dos «desvairados loucos». Com estas leis determina que a cidade de Lisboa seja dividida em bairros e que para cada um seja momeado um oficial de justica com poderes quase discricionários.

Em 12 de Marco de 1603, foi dado novo regulamento aos Quadrilheiros, reforçando-lhes a autoridade na defesa do lar, e tomando obrigatória a existência de um em cada rua e ao mesmo tempo a intensificação das rondas noturnas. A Câmara determina que cada quadrilheiro tivesse um dístico sobre a Porta, em que «diçese ho nome do dito eof.º de coadrih.º...».

Além disto o rei proíbe que o povo ande armado pelas ruas e ordena que os corregedores e juízes do crime acompanhem as rondas dos coronéis e dos tergos.
(...) »

Recorte do jornal

PSP Quadrilheiros.jpg

Links Externos

Ver também

Referências

  1. LOPES, Paulo, O Jogo do Pau Português, 5livros, 2020 (sobre o livro)