Livro: A Lareira - 2014: diferenças entre revisões
(Criou a página com "thumb|right|200px| {| align=center |- |capa do livro |- | |} == Sobre == * '''Relevância: ''' ★★★ * '''Título:''' À lareira - Volume I * '''Autor:''' José Viale Moutinho * '''Publicação:''' Circulo de Leitores, Maia 2014 * '''ISBN:''' 978-972-42-4993-3 * '''Formato:''' 573 páginas, 26 cm. com encadernação dura Seleção de José Viale Moutinho de contos do Romanceiro, do teatro popular, da literatura popular d...") |
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Seleção de José Viale Moutinho de contos do Romanceiro, do teatro popular, da literatura popular do continente e ilhas, provérbios, adágios, anexins, quadras, rimas infantis e folclore religioso. Textos de origem oral que passando à escrita mantém a memória de um tempo em que as histórias passavam de boca em boca, contadas, por vezes, em frente à lareira. | Seleção de José Viale Moutinho de contos do Romanceiro, do teatro popular, da literatura popular do continente e ilhas, provérbios, adágios, anexins, quadras, rimas infantis e folclore religioso. Textos de origem oral que passando à escrita mantém a memória de um tempo em que as histórias passavam de boca em boca, contadas, por vezes, em frente à lareira. | ||
== Excerto da obra == | |||
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O VELHO JOGADOR DO PAU | |||
Era uma vez um homem considerado o melhor jogador de pau do Alto Minho. Toda a gente o temia e com razão. Pois este homem tinha três filhos, a quem ensina todas as habilidades possíveis com o lódão, que é o melhor pau para o jogo. E um dia disse-lhes: | |||
- Pronto, meus filhos. Já sabeis quase tanto como eu. Só guardei para mim o que eu chamo ''última ponte''. | |||
Оs гараzes аgradeceram ao pai quanto lhes ensinara, mas insistiram em conhecer a tal ''última ponte''. Porém, o velho jogador negou-se. E durante alguns anos o fez, dizendo que um dia o faria, mas ainda era cedo... | |||
- Bem - disse um dos filhos do jogador e se nos fingissemos assaltantes e fizéssemos uma espera ao nosso pai?<br> | |||
- Boa ideia concordaram os outros. Ele defende-se bem, nem pensar em aleijá-lo! E só apertá-lo um bom bocado, até ele usar essa tal ''última ponte'', que é a única habilidade que não conhecemos. | |||
E assim fizeram. Mascarados, esperaram-no numa mata e atacaram-no. Foi um bom combate e o velho jogador aguentou-se bem em todos os golpes que ele próprio ensinara aos filhos. Mas, a dada altura, sentiu-se cansado e vendo que os adversários ainda estavam folgados, deu um salto para um lado da estrada e fugiu a bom fugir. | |||
No dia seguinte contou aos filhos que fora atacado na mata e que tivera de defender-se de três malandrins. | |||
- E então? - perguntou o mais velho. - Como se livrou deles?<br> | |||
- Ora, meus filhos, apliquei aquilo que ainda não vos ensinei: a ''última ponte''! | |||
Rindo-se todos, ficaram os filhos a saber em que consistia a habilidade secreta! | |||
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Revisão das 08h15min de 18 de abril de 2024
Sobre
- Relevância: ★★★
- Título: À lareira - Volume I
- Autor: José Viale Moutinho
- Publicação: Circulo de Leitores, Maia 2014
- ISBN: 978-972-42-4993-3
- Formato: 573 páginas, 26 cm. com encadernação dura
Seleção de José Viale Moutinho de contos do Romanceiro, do teatro popular, da literatura popular do continente e ilhas, provérbios, adágios, anexins, quadras, rimas infantis e folclore religioso. Textos de origem oral que passando à escrita mantém a memória de um tempo em que as histórias passavam de boca em boca, contadas, por vezes, em frente à lareira.
Excerto da obra
« O VELHO JOGADOR DO PAU Era uma vez um homem considerado o melhor jogador de pau do Alto Minho. Toda a gente o temia e com razão. Pois este homem tinha três filhos, a quem ensina todas as habilidades possíveis com o lódão, que é o melhor pau para o jogo. E um dia disse-lhes: - Pronto, meus filhos. Já sabeis quase tanto como eu. Só guardei para mim o que eu chamo última ponte. Оs гараzes аgradeceram ao pai quanto lhes ensinara, mas insistiram em conhecer a tal última ponte. Porém, o velho jogador negou-se. E durante alguns anos o fez, dizendo que um dia o faria, mas ainda era cedo... - Bem - disse um dos filhos do jogador e se nos fingissemos assaltantes e fizéssemos uma espera ao nosso pai? E assim fizeram. Mascarados, esperaram-no numa mata e atacaram-no. Foi um bom combate e o velho jogador aguentou-se bem em todos os golpes que ele próprio ensinara aos filhos. Mas, a dada altura, sentiu-se cansado e vendo que os adversários ainda estavam folgados, deu um salto para um lado da estrada e fugiu a bom fugir. No dia seguinte contou aos filhos que fora atacado na mata e que tivera de defender-se de três malandrins. - E então? - perguntou o mais velho. - Como se livrou deles? Rindo-se todos, ficaram os filhos a saber em que consistia a habilidade secreta! » |
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