Livro: A Lareira - 2014: diferenças entre revisões
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Seleção de José Viale Moutinho de contos do Romanceiro, do teatro popular, da literatura popular do continente e ilhas, provérbios, adágios, anexins, quadras, rimas infantis e folclore religioso. Textos de origem oral que passando à escrita mantém a memória de um tempo em que as histórias passavam de boca em boca, contadas, por vezes, em frente à lareira. | Seleção de José Viale Moutinho de contos do Romanceiro, do teatro popular, da literatura popular do continente e ilhas, provérbios, adágios, anexins, quadras, rimas infantis e folclore religioso. Textos de origem oral que passando à escrita mantém a memória de um tempo em que as histórias passavam de boca em boca, contadas, por vezes, em frente à lareira. | ||
Um mestre de jogo do pau, quando ensina, ensina sempre tudo o que sabe, mas deixa sempre algo de extraordinário só para ele, para numa eventual aflição, poder-se defender e vencer o discípulo. | |||
Os antigos mestres diziam sempre, "ensino-te tudo! Tudo menos a minha ''última ponta''!". Isto é, o golpe final que acaba com o jogo! | |||
José Moutinho, no seu conto ''o velho jogador do pau'', mostra-nos que golpe extraordinário é esse, sempre tão bem guardados pelos mestres! | |||
== Excerto da obra == | == Excerto da obra == |
Revisão das 08h30min de 18 de abril de 2024
Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Título: À lareira - Volume I
- Autor: José Viale Moutinho
- Publicação: Circulo de Leitores, Maia 2014
- ISBN: 978-972-42-4993-3
- Formato: 573 páginas, 26 cm. com encadernação dura
Seleção de José Viale Moutinho de contos do Romanceiro, do teatro popular, da literatura popular do continente e ilhas, provérbios, adágios, anexins, quadras, rimas infantis e folclore religioso. Textos de origem oral que passando à escrita mantém a memória de um tempo em que as histórias passavam de boca em boca, contadas, por vezes, em frente à lareira.
Um mestre de jogo do pau, quando ensina, ensina sempre tudo o que sabe, mas deixa sempre algo de extraordinário só para ele, para numa eventual aflição, poder-se defender e vencer o discípulo.
Os antigos mestres diziam sempre, "ensino-te tudo! Tudo menos a minha última ponta!". Isto é, o golpe final que acaba com o jogo!
José Moutinho, no seu conto o velho jogador do pau, mostra-nos que golpe extraordinário é esse, sempre tão bem guardados pelos mestres!
Excerto da obra
« O VELHO JOGADOR DO PAU Era uma vez um homem considerado o melhor jogador de pau do Alto Minho. Toda a gente o temia e com razão. Pois este homem tinha três filhos, a quem ensina todas as habilidades possíveis com o lódão, que é o melhor pau para o jogo. E um dia disse-lhes: - Pronto, meus filhos. Já sabeis quase tanto como eu. Só guardei para mim o que eu chamo última ponte. Оs гараzes аgradeceram ao pai quanto lhes ensinara, mas insistiram em conhecer a tal última ponte. Porém, o velho jogador negou-se. E durante alguns anos o fez, dizendo que um dia o faria, mas ainda era cedo... - Bem - disse um dos filhos do jogador e se nos fingissemos assaltantes e fizéssemos uma espera ao nosso pai? E assim fizeram. Mascarados, esperaram-no numa mata e atacaram-no. Foi um bom combate e o velho jogador aguentou-se bem em todos os golpes que ele próprio ensinara aos filhos. Mas, a dada altura, sentiu-se cansado e vendo que os adversários ainda estavam folgados, deu um salto para um lado da estrada e fugiu a bom fugir. No dia seguinte contou aos filhos que fora atacado na mata e que tivera de defender-se de três malandrins. - E então? - perguntou o mais velho. - Como se livrou deles? Rindo-se todos, ficaram os filhos a saber em que consistia a habilidade secreta! » |
Links externos
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