Livro: Contos da sesta: diferenças entre revisões
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Imagine-se que ao saírem da azinhaga para a estrada que conduzia ao povoado, os dois deram de chapa com o Luís da Santa. Rosa enfiou, o filho do Damásio apertou com mais força o '''varapau ferrado'''; enquanto que o outro se contentava em sorrir, mas com um riso torcido e amarelo que era para dar calafrios.<small>(pág.86)</small> | Imagine-se que ao saírem da azinhaga para a estrada que conduzia ao povoado, os dois deram de chapa com o Luís da Santa. Rosa enfiou, o filho do Damásio apertou com mais força o '''varapau ferrado'''; enquanto que o outro se contentava em sorrir, mas com um riso torcido e amarelo que era para dar calafrios.<small>(pág.86)</small> | ||
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Ainda não fenecera o ultimo verso, e já o tumulto lavrava na adega e cá fora. Cada lapuz tomava bando pela causa. A lógica inflexível dos varapaus trazia em cada arroxada um silogismo perfeito. A proporção que as costelas se abolavam, que o reboliço crescia, que as pragas redemoinhavam, por outro lado vinha a razão alvorecendo e alumiando, para depois se assentar no seu trono orvalhado de sangue, que é onde a filosofia costuma quasi sempre assenta-la!(pág.96)</small> | Ainda não fenecera o ultimo verso, e já o tumulto lavrava na adega e cá fora. Cada lapuz tomava bando pela causa. A lógica inflexível dos varapaus trazia em cada arroxada um silogismo perfeito. A proporção que as costelas se abolavam, que o reboliço crescia, que as pragas redemoinhavam, por outro lado vinha a razão alvorecendo e alumiando, para depois se assentar no seu trono orvalhado de sangue, que é onde a filosofia costuma quasi sempre assenta-la!(pág.96)</small> | ||
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Revisão das 18h10min de 22 de abril de 2021
Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Título: Contos da sesta
- Autor: Contos da sesta (1841-1907)
- Publicação: Lisboa: Rolland & Semiond, 1870
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Excertos da obra
Do conto: Coisas d’aldeia
(...) Imagine-se que ao saírem da azinhaga para a estrada que conduzia ao povoado, os dois deram de chapa com o Luís da Santa. Rosa enfiou, o filho do Damásio apertou com mais força o varapau ferrado; enquanto que o outro se contentava em sorrir, mas com um riso torcido e amarelo que era para dar calafrios.(pág.86) (...) Ainda não fenecera o ultimo verso, e já o tumulto lavrava na adega e cá fora. Cada lapuz tomava bando pela causa. A lógica inflexível dos varapaus trazia em cada arroxada um silogismo perfeito. A proporção que as costelas se abolavam, que o reboliço crescia, que as pragas redemoinhavam, por outro lado vinha a razão alvorecendo e alumiando, para depois se assentar no seu trono orvalhado de sangue, que é onde a filosofia costuma quasi sempre assenta-la!(pág.96) |
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