Livro: Livro dos Conselhos de El-Rei D.Duarte: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
Sem resumo de edição
 
Linha 16: Linha 16:




O '''''Livro dos Conselhos de El-Rei D.Duarte''''' ou também conhecido pelo nome vulgar de ''Livro da Cartuxa'', é o «Manuscrito da Livraria» nº 1928 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. É apógrafo mais antigo que se conhece de um livro escrito no reinado de D. Duarte, porventura pela mão do próprio rei.
O '''''Livro dos Conselhos de El-Rei D. Duarte''''' ou também conhecido pelo nome vulgar de ''Livro da Cartuxa'', é o «Manuscrito da Livraria» nº 1928 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. É apógrafo mais antigo que se conhece de um livro escrito no reinado de D. Duarte, porventura pela mão do próprio rei.


O livro apresenta a seguinte informação: ''Livro da Cartuxa de Scala Coeli que D. Teotónio de Bragança. arcebispo de Évora, fundador da mesma casa lhe fez doação.''
O livro apresenta a seguinte informação: ''Livro da Cartuxa de Scala Coeli que D. Teotónio de Bragança. arcebispo de Évora, fundador da mesma casa lhe fez doação.''

Edição atual desde as 14h12min de 13 de fevereiro de 2024

1ª folha do manuscrito

Sobre

  • Relevância: ★☆☆
  • Título: Livro dos Conselhos de El-Rei D.Duarte
  • Autor: Rei D. Duarte I de Portugal (1391-1438)
  • Publicação: Ano 15--?


O Livro dos Conselhos de El-Rei D. Duarte ou também conhecido pelo nome vulgar de Livro da Cartuxa, é o «Manuscrito da Livraria» nº 1928 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. É apógrafo mais antigo que se conhece de um livro escrito no reinado de D. Duarte, porventura pela mão do próprio rei.

O livro apresenta a seguinte informação: Livro da Cartuxa de Scala Coeli que D. Teotónio de Bragança. arcebispo de Évora, fundador da mesma casa lhe fez doação.

Este manuscrito tem cerca de 292 folhas de papel e dispões de vários conselhos, onde é destacado o conselho de Regimento para aprender algumas coisas de armas. Embora esta regra não tenha ligação com o JPP, o Rei recomenda o uso de paus nos treinos de espada.

Excerto da obra

« A ora de terça se va algũs dias ensayar / e o ensayar seja este, ele se ha d armar de todas armas e hir a pe por hũa costa açima hu grande pedaço o mais rijo que poder, e depois se torne pera casa, e aly tenha armas de fynos ferros pera outros homens, e tenha lanças e fachas e espadas de pao / e quando se quiser prouar com alguem arme se com armas mais pesadas hua vez e mea mais que aquelas que ouuer de trazer no dia da peleJa e este prouar que fizer com estes, faça por aprender algũas maneyras e gardas e offensas que outros sabem fazer, e se em oito ou dez dias non vier nynguem a se ensayar,

Pode se emsayar com quem quyser, e esta maneira faz ter bom foleguo, e aprender de hũs e dos outros em feito d armas.[1] »

Conversão para português contemporâneo

« A hora de terça-feira é um momento propício para praticar em alguns dias. E a prática consiste em armar-se com todas as armas e caminhar a pé por uma costa acima, escolhendo o terreno mais robusto possível. Em seguida, retorne para casa, onde tenha armas de finos ferros para outros homens, bem como lanças, adagas e espadas de madeira. Quando quiser testar as suas habilidades com alguém, equipe-se com armas mais pesadas de uma vez e mais pesadas àquelas que usará no dia da batalha. O teste que realizar com essas armas deve ser uma oportunidade para aprender algumas técnicas, posturas e ataques que outros praticantes conhecem. Se, em oito ou dez dias, ninguém se apresentar para praticar, pode-se treinar com quem desejar. Essa abordagem proporciona um bom condicionamento físico e a oportunidade de aprender tanto com experiências pessoais quanto com as técnicas de outros no campo de batalha. »


PT-TT-MSLIV-1928 m0565.jpg

Ver também

Links Externos

Referências

  1. Transcrição de João José Alves Dias