Livro: Maria da Fonte: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
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== Excertos da obra ==
== Excertos da obra ==


O Padre ''Casimiro José Vieira'', Sacerdote minhoto (1817-1895) e um dos líderes das guerrilhas da Maria da Fonte,  propõe, numa carta ao ''Rei D. Carlos VII'', duque de Madrid, datada de 12 de maio de 1874 (durante a terceira Guerra Carlista (1872-1876), uma forma de utilizar uma lança improvisada feita a partir de uma [[Foice roçadora|foice roçadoura]], sendo esta uma técnica baseada no Jogo do Pau. Referindo que esta proposta já tinha sido pensada por um militar, o Sr. ''António Joaquim de Barros Lima'', oficial em várias guerras desde 1828.
Veja os excertos na obra original do Padre Casimiro José Vieira [[Livro: Apontamentos para a história da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da Fonte|Apontamentos para a história da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da Fonte]
<ref>LOPES, Paulo, O Jogo do Pau Português, 5livros, 2020 ([[Livro: O Jogo do Pau Português (a arte marcial portuguesa com séculos de prática)|sobre o livro]])</ref>
 
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(…) Proponho ultimamente à consideração de Vossa Majestade (…) E consiste ela em armar de revolver e '''roçadora''' uma ou duas companhias em cada batalhão, para substituírem a cavalaria, e baterem-se com ela, e, principalmente, para nas cargas a ferro frio decidirem as batalhas com mais rapidez e segurança que os botes da baioneta.
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E explica:
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A roçadora é a mesma foice de podar as vides, mas com ponta aguda na direcção das costas, do tamanho de meio palmo acima dela, para poder cortar para o lado, e espetar para a frente, encabada em um pau da altura de um homem, como a figura aqui desenhada ao lado.
O manejo desta arma é o mesmo do jogo do pau, pegando-se dela com a mão esquerda, e com a direita no meio dele para o lado da foice, ficando o ombro direito em frente com o inimigo. Para saber o manejo dela basta aprender a dar um passo para a frente e para a retaguarda, já por um lado já por outro, dando de cada vez, junta com o passo, uma volta de roçadora em redor do corpo e por cima da cabeça para se cobrir das pancadas inimigas, como no '''jogo do pau''' quando se faz varrimento; e acrescentando em cada passo, quando o ombro direito fica para o inimigo, uma pontada para a frente ou para ele.
 
Um qualquer dos vossos Navarros, '''armado de roçadora''', e estando bem convencido da firmeza, serventia e efeitos desta arma, pode arrostar com cem republicanos, nas cargas a ferro frio, e até com os cavalarias ou lanceiro, devendo procura-los sempre pela esquerda ou frente do cavalo, por que por uma e outra parte alcança pouco tanto a espada como a lança, e o rocêna pode espetar o cavalo pelo peito, ou cortar-lhe as pernas, ou os queixos, ou as rédeas.
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== Ler o livro ==
== Ler o livro ==

Revisão das 15h46min de 29 de abril de 2021

capa do livro

Sobre

  • Relevância: ★★★
  • Título: Maria da Fonte
  • Autor: Camilo Castelo Branco (1825-1890)
  • Publicação: 1ª edição, Porto, 1884


No “Discurso Proemial”, datado de “São Miguel de Ceide, 21 de novembro de 1884”, o escritor conta que, ao folhear as páginas do livro do padre Casimiro José Vieira - Apontamentos para a História da Revolução do Minho em 1846 (1883) -, reportou-se aos anos em que, na companhia do sacerdote minhoto, tomou parte na revolta popular chamada de Maria da Fonte, ocorrida na primavera de 1846. Foram essas lembranças, motivadas pela leitura da obra do padre Casimiro (cujo original Camilo teve acesso, por intermédio do padre Sena Freitas) que o levaram a escrever a sua versão da célebre revolta do Minho. [1]

Excertos da obra

Veja os excertos na obra original do Padre Casimiro José Vieira [[Livro: Apontamentos para a história da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da Fonte|Apontamentos para a história da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da Fonte]

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