Livro: O Jogo do Pau na Ilha Terceira (Contribuição para a sua história): diferenças entre revisões
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* Autor: Paulo de Avila de Melo | * '''Relevância: ''' ★★★ | ||
* Publicação: C.M. Angra do Heroísmo, | * '''Título:''' O Jogo do Pau na Ilha Terceira (Contribuição para a sua história) | ||
* Formato: Tiragem de 500 exemplares, 115 páginas | * '''Autor:''' Paulo de Avila de Melo | ||
* '''Publicação:''' C.M. Angra do Heroísmo, Divisao dos Assuntos Cultruais e Relacoes Publicas, 1992 | |||
* '''Formato:''' Tiragem de 500 exemplares, 115 páginas | |||
O livro '''O Jogo do Pau na Ilha Terceira (Contribuição para a sua história)''' surpreende os praticantes do continente, pois era totalmente desconhecida a existência de uma tradição Açoriana de jogadores de pau. | |||
''Paulo de Melo'' entrevista 26 antigos jogadores de várias freguesias que fazem curiosas revelações e contam histórias de jogadores de outrora fazendo referência á antiguidade do jogo e a três maneiras diferentes de jogar: | |||
* A que chamam ''"jogo do continente"'', de duas pontas (Antigo jogo do Minho ou Borda D´água); | |||
* Outro dito ''do Brasil'', de uma ponta só, (sem dúvida o jogo do Norte); | |||
* O ''jogo da Ilha'' com características diferentes. | |||
Estes jogadores cultivavam o jogo de uma forma sigilosa quase sempre recusando a condição de saber jogar, recusando também qualquer forma de exibição ou demonstração pública, "porque isto é uma coisa séria, não é brincadeira nenhuma"; sendo treinado secretamente em lugares isolados sobretudo à noite "para ninguém ver". | |||
Alguns desses jogadores formaram uma sociedade auto-intitulada "[[Justiça da Noite|JUSTIÇA DA NOITE]]" cujo propósito era vingar afrontas e punir malfeitores fazendo justiça a pau. | |||
O jogo do pau nos Açores nomeadamente na Ilha Terceira, contínua envolta numa certa aura de mistério, desconhecendo-se se existe tradição de jogo em alguma das outras ilhas. | |||
No que respeita ao chamado jogo da ilha, ''Paulo de Melo'' regista e descreve as seguintes técnicas: | |||
* A Roçada; | |||
* Jogo debaixo do braço; | |||
* Jogo debaixo da perna; | |||
* Jogo do lado; | |||
* Desmanchar o jogo; | |||
* o Jogo do ar; | |||
* o Jogo de tirar o chapéu; | |||
* Jogo de tirar o bordão; | |||
* Jogo debaixo para cima; | |||
* Abafar; | |||
* Pancada na cabeça; | |||
* Apanhar o bordão; | |||
* Entrada de caras.<ref>VALENTE, Hélder, O Jogo do Pau Português, Associação Algarvia do Jogo do Pau Português, 2003, pp. 29-30 ([[Livro: O Jogo do Pau Português|sobre o livro]])</ref> | |||
Infelizmente, a C.M. Angra do Heroísmo só fez uma edição de 500 exemplares, estando a sua venda esgotada. | |||
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Edição atual desde as 09h02min de 20 de abril de 2023
Sobre
- Relevância: ★★★
- Título: O Jogo do Pau na Ilha Terceira (Contribuição para a sua história)
- Autor: Paulo de Avila de Melo
- Publicação: C.M. Angra do Heroísmo, Divisao dos Assuntos Cultruais e Relacoes Publicas, 1992
- Formato: Tiragem de 500 exemplares, 115 páginas
O livro O Jogo do Pau na Ilha Terceira (Contribuição para a sua história) surpreende os praticantes do continente, pois era totalmente desconhecida a existência de uma tradição Açoriana de jogadores de pau.
Paulo de Melo entrevista 26 antigos jogadores de várias freguesias que fazem curiosas revelações e contam histórias de jogadores de outrora fazendo referência á antiguidade do jogo e a três maneiras diferentes de jogar:
- A que chamam "jogo do continente", de duas pontas (Antigo jogo do Minho ou Borda D´água);
- Outro dito do Brasil, de uma ponta só, (sem dúvida o jogo do Norte);
- O jogo da Ilha com características diferentes.
Estes jogadores cultivavam o jogo de uma forma sigilosa quase sempre recusando a condição de saber jogar, recusando também qualquer forma de exibição ou demonstração pública, "porque isto é uma coisa séria, não é brincadeira nenhuma"; sendo treinado secretamente em lugares isolados sobretudo à noite "para ninguém ver".
Alguns desses jogadores formaram uma sociedade auto-intitulada "JUSTIÇA DA NOITE" cujo propósito era vingar afrontas e punir malfeitores fazendo justiça a pau.
O jogo do pau nos Açores nomeadamente na Ilha Terceira, contínua envolta numa certa aura de mistério, desconhecendo-se se existe tradição de jogo em alguma das outras ilhas.
No que respeita ao chamado jogo da ilha, Paulo de Melo regista e descreve as seguintes técnicas:
- A Roçada;
- Jogo debaixo do braço;
- Jogo debaixo da perna;
- Jogo do lado;
- Desmanchar o jogo;
- o Jogo do ar;
- o Jogo de tirar o chapéu;
- Jogo de tirar o bordão;
- Jogo debaixo para cima;
- Abafar;
- Pancada na cabeça;
- Apanhar o bordão;
- Entrada de caras.[1]
Infelizmente, a C.M. Angra do Heroísmo só fez uma edição de 500 exemplares, estando a sua venda esgotada.
Ver também
- Consulte toda a Bibliografia
Referências
- ↑ VALENTE, Hélder, O Jogo do Pau Português, Associação Algarvia do Jogo do Pau Português, 2003, pp. 29-30 (sobre o livro)