Livro: Quatro novelas - A Feiticeira: diferenças entre revisões

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* '''Relevância: ''' ★☆☆
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* '''Título:''' Quatro novelas
* '''Título:''' Quatro novelas
* '''Autor:''' Ana de castro Osório (1872-1935)
* '''Autor:''' Ana de Castro Osório (1872-1935)
* '''Publicação:''' Coimbra: França Amado - Editor, 1808
* '''Publicação:''' Coimbra: França Amado - Editor, 1808
* '''Formato:''' 291 páginas
* '''Formato:''' 291 páginas




O livro '''''Quatro novelas''''', destaca quatro novelas: ''A vinha'', ''A feiticeira'', ''Diário duima mcriança'' e a ''Sacrificada''.
O livro '''''Quatro novelas''''' é uma compilação de quatro novelas: ''A vinha'', ''A feiticeira'', ''Diário duma criança'' e a ''Sacrificada''.
 
Na novela ''A feiticeira'', conhecemos ''Manuel Clara'', um valentão jogador de pau, um heroi da aldeia de Mangualde com muitas histórias para contar.


Na novela ''A feiticeira'', conhecemos ''Manuel Clara', um valentão jogador de pau, um heroi da aldeia com muitas histórias para contar.
Na novela ''Sacrificada'' há uma pequena passagem sobre o jogo do pau entre irmãos
Na novela ''Sacrificada'' há uma pequena passagem sobre o jogo do pau entre irmãos


== Excerto da obra ==
== Resumo dos excertos da obra ==
 
O excerto descreve a figura de ''Manoel da Clara'', o rapaz mais querido das raparigas na aldeia. Ele era um valentão e exibia sua força e coragem com orgulho, atraindo a admiração das mulheres. Sua habilidade em jogos como bola, chinquilho e o Jogo do Pau também era notável, e seus feitos eram contados com entusiasmo na aldeia. Em resumo, Manoel da Clara era um herói local, respeitado e admirado por seus patrícios.
 
== Excertos da obra ==


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De todos os rapazes da aldeia era o Manoel da Clara o mais querido das raparigas. <small>(...)</small><br>
 
Nas feiras e romarias, firmado no '''varapau''' metido debaixo do braço, toda a vaidade satisfeita a brilhar-lbe nos inquietos olhitos garços, desafiava toda a concorrência desagradável. Ás raparigas iam-se-lbes os olhos nelle, e mediam-se com o rancor de rivalidades latentes.
Nas feiras e romarias, firmado no '''varapau''' metido debaixo do braço, toda a vaidade satisfeita a brilhar-lbe nos inquietos olhitos garços, desafiava toda a concorrência desagradável. Ás raparigas iam-se-lbes os olhos nelle, e mediam-se com o rancor de rivalidades latentes.


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Quando o Manoel, com um rápido piparote atirava para a nuca o chapéo mole de largas abas, dava um passo atraz, fazia girar o '''varapau em sarilho''' sobre a cabeça, e torcia a boca espumante num esgare de raiva... podiam fugir delle!
Quando o Manoel, com um rápido piparote atirava para a nuca o chapéo mole de largas abas, dava um passo atraz, fazia girar o '''varapau em sarilho''' sobre a cabeça, e torcia a boca espumante num esgare de raiva... podiam fugir delle!


Contavam-se na aldeia as valentias do Manoel com o mesmo entusiasmo e ufania com que se contariam as de um heroi da historia, um herói autêntico, de que a tradição nos deixasse o nome e a memoria de largos feitos.<small>(...)</small>
Contavam-se na aldeia as valentias do Manoel com o mesmo entusiasmo e ufania com que se contariam as de um heroi da historia, um herói autêntico, de que a tradição nos deixasse o nome e a memoria de largos feitos. <small>(...)</small>


« O Manoel, lembras-te ? ...
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No jogo da bola, ao domingo, no terreiro da igreja, nenhum o excedia, como ninguém era capaz de o vencer numa partida de çhinquilho ou no '''jogo do pau'''. Um valentão, um rapaz ás direitas, sempre pronto a fazer um favor, riso franco, coração nas mãos para os amigos; ninguém emfim mais digno da estima dos seus patrícios e ninguém que de facto fosse mais estimado do que o Manoel da Clara.<small>(...)</small><br>
No jogo da bola, ao domingo, no terreiro da igreja, nenhum o excedia, como ninguém era capaz de o vencer numa partida de çhinquilho ou no '''jogo do pau'''. Um valentão, um rapaz ás direitas, sempre pronto a fazer um favor, riso franco, coração nas mãos para os amigos; ninguém emfim mais digno da estima dos seus patrícios e ninguém que de facto fosse mais estimado do que o Manoel da Clara. <small>(...)</small><br>
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Os irmãos, três rapazes, viviam alegremente, sem cuidados nem canseiras, caçando pelas serras, comendo e bebendo á tripa-fôrra com os companheiros, jogando o pau pelas romarias e feiras — senhores morgados de aldeia que todas as raparigas disputavam, para seus pares, e dos quais todos os homens tinham como honra a convivência.<small>(...)</small><br>
Os irmãos, três rapazes, viviam alegremente, sem cuidados nem canseiras, caçando pelas serras, comendo e bebendo á tripa-fôrra com os companheiros, '''jogando o pau pelas romarias e feiras''' — senhores morgados de aldeia que todas as raparigas disputavam, para seus pares, e dos quais todos os homens tinham como honra a convivência.<small>(...)</small><br>
<small>(Sacrificada - Páginas 181-182)</small>
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== Links externos ==
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* [https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAro_de_Alenquer Pêro de Alenquer – Wikipédia]
* [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_de_Castro_Os%C3%B3rio Ana de Castro Osório – Wikipédia]
* [https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ndido_de_Figueiredo Cândido de Figueiredo – Wikipédia]

Edição atual desde as 19h07min de 30 de abril de 2023

capa do livro

Sobre

  • Relevância: ★☆☆
  • Título: Quatro novelas
  • Autor: Ana de Castro Osório (1872-1935)
  • Publicação: Coimbra: França Amado - Editor, 1808
  • Formato: 291 páginas


O livro Quatro novelas é uma compilação de quatro novelas: A vinha, A feiticeira, Diário duma criança e a Sacrificada.

Na novela A feiticeira, conhecemos Manuel Clara, um valentão jogador de pau, um heroi da aldeia de Mangualde com muitas histórias para contar.

Na novela Sacrificada há uma pequena passagem sobre o jogo do pau entre irmãos

Resumo dos excertos da obra

O excerto descreve a figura de Manoel da Clara, o rapaz mais querido das raparigas na aldeia. Ele era um valentão e exibia sua força e coragem com orgulho, atraindo a admiração das mulheres. Sua habilidade em jogos como bola, chinquilho e o Jogo do Pau também era notável, e seus feitos eram contados com entusiasmo na aldeia. Em resumo, Manoel da Clara era um herói local, respeitado e admirado por seus patrícios.

Excertos da obra

« De todos os rapazes da aldeia era o Manoel da Clara o mais querido das raparigas. (...)

Nas feiras e romarias, firmado no varapau metido debaixo do braço, toda a vaidade satisfeita a brilhar-lbe nos inquietos olhitos garços, desafiava toda a concorrência desagradável. Ás raparigas iam-se-lbes os olhos nelle, e mediam-se com o rancor de rivalidades latentes.

E valentão!? — como aquilo poucos! E, como sempre, era a superioridade material da força e da coragem o que mais o fazia valer aos olhos de primitivas fêmeas, oferecendo-se orgulhosamente ao vencedor, ao macho forte e soberbo.

Quando o Manoel, com um rápido piparote atirava para a nuca o chapéo mole de largas abas, dava um passo atraz, fazia girar o varapau em sarilho sobre a cabeça, e torcia a boca espumante num esgare de raiva... podiam fugir delle!

Contavam-se na aldeia as valentias do Manoel com o mesmo entusiasmo e ufania com que se contariam as de um heroi da historia, um herói autêntico, de que a tradição nos deixasse o nome e a memoria de largos feitos. (...)

« O Manoel, lembras-te ? ...

a E daquella vez na romaria da Senhora dos Verdes ? ...

« E na feira, quando foi da compra dos meus bois ? ! ...

(...)

No jogo da bola, ao domingo, no terreiro da igreja, nenhum o excedia, como ninguém era capaz de o vencer numa partida de çhinquilho ou no jogo do pau. Um valentão, um rapaz ás direitas, sempre pronto a fazer um favor, riso franco, coração nas mãos para os amigos; ninguém emfim mais digno da estima dos seus patrícios e ninguém que de facto fosse mais estimado do que o Manoel da Clara. (...)
(A feiticeira -Páginas 37-40) »

« (...)
Os irmãos, três rapazes, viviam alegremente, sem cuidados nem canseiras, caçando pelas serras, comendo e bebendo á tripa-fôrra com os companheiros, jogando o pau pelas romarias e feiras — senhores morgados de aldeia que todas as raparigas disputavam, para seus pares, e dos quais todos os homens tinham como honra a convivência.(...)
(Sacrificada - Páginas 181-182) »

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