Livro: Sentimentalismo e história: diferenças entre revisões
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... | Uma paródia do romance naturalista que, em certos momentos, ultrapassa os próprios modelos que pretendia parodiar. Um Camilo diferente, em que a sublimidade das paixões e a fidelidade abnegada desaparecem para dar lugar à boçalidade e à grosseria de personagens, intencionalmente tornados repugnantes pela bestialidade de que se revestem. | ||
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== Excerto da obra == | == Excerto da obra == |
Revisão das 18h30min de 27 de abril de 2021
Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Título: Sentimentalismo e história
- Autor: Camilo Castelo Branco (1825-1890)
- Publicação: 1ª ed. - Porto. - Braga : Ernesto Chardron, Eugenio Chardron, 1879
- Formato: 302 páginas (18 cm)
Uma paródia do romance naturalista que, em certos momentos, ultrapassa os próprios modelos que pretendia parodiar. Um Camilo diferente, em que a sublimidade das paixões e a fidelidade abnegada desaparecem para dar lugar à boçalidade e à grosseria de personagens, intencionalmente tornados repugnantes pela bestialidade de que se revestem.
[1]
Excerto da obra
« — Se havendo Deus haveria inferno? — cismava. — Se havia Deus, como se mostraria ele à criatura a não ser pela sua justiça. E como se mostraria justo, a não ser castigando o crime e premiando a virtude. Ainda lhe restava esta prancha do naufrágio — o raciocinio, uma coisa boa e única que lhe ficara da lógica e da mtaphysica do Genuense. Ele tinha pai, um trôpego, que fora valente jogador de pau, e matara, quando era rapaz, um puxador muito basosofia de Cerva, na sanguinária romaria de S. Bartholomeu. Remorsos tardios encaneceram-no quando adiante do espectro da morte lhe saiu a avantesma do assassinado, com o peito aberto até ás costas por um palmo de aço da choupa de um marmeleiro. Ele esperava remir-se do inferno pelos merecimentos do filho que fizera frade para ter santo na familia que o proteges-se.(...)» (pp.30-31) |
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