Mestre: Domingos Salreu: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
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Escusado será dizer, que logo que o assalto terminou eu estava da parte de dentro do barracão, para ver os outros assaltos ou lições que se seguiram, e no dia seguinte eu era mais um discípulo do mestre Salreu.
Escusado será dizer, que logo que o assalto terminou eu estava da parte de dentro do barracão, para ver os outros assaltos ou lições que se seguiram, e no dia seguinte eu era mais um discípulo do mestre Salreu.


(…) Domingos Valente de Couras Salreu foi o jogador da elite, o homem mais completo, com mais vastos conhecimentos, sabendo-se cobrir como ninguém, cortando só quando era oportuno, e sabendo fazer brilhar o seu adversário  quando isso lhe convinha ou apetecia. Nunca ninguém deixou de ficar satisfeito, quando acabasse de jogar com o mestre Salreu, mas posso afiançar que exceptuando alguns seus discípulos adiantados, ninguém percebia do que ele poderia fazer, se fosse um jogador vaidoso.»<br>
(…) '''Domingos Valente de Couras Salreu''' foi o jogador da elite, o homem mais completo, com mais vastos conhecimentos, sabendo-se cobrir como ninguém, cortando só quando era oportuno, e sabendo fazer brilhar o seu adversário  quando isso lhe convinha ou apetecia. Nunca ninguém deixou de ficar satisfeito, quando acabasse de jogar com o mestre Salreu, mas posso afiançar que exceptuando alguns seus discípulos adiantados, ninguém percebia do que ele poderia fazer, se fosse um jogador vaidoso.»<br>
<small>''CAÇADOR, António Nunes, Jogo do Pau: esgrima nacional, Lisboa: ed. Autor, 1963 ([[Livro: Jogo do Pau: esgrima nacional|sobre o livro]])''</small>
<small>''CAÇADOR, António Nunes, Jogo do Pau: esgrima nacional, Lisboa: ed. Autor, 1963 ([[Livro: Jogo do Pau: esgrima nacional|sobre o livro]])''</small>
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Revisão das 18h44min de 17 de abril de 2022

Outros nomes
Nascimento
Morte
Nacionalidade Portuguesa
Naturalidade
Escola

Sobre

Domingos Valente de Couras Salreu

Publicações onde é citado

«Quando me julguei suficientemente ensinado do que se fazia no Real Ginásio, conversei com o meu primeiro mestre e amigo Artur dos Santos, sobre as minhas tensões de ir experimentar outros ares, e eis-me à procura doutros, que algumas cousas mais me pudessem ensinar.

Vi muito pouco antes de ir ao barracão do mestre Salreu, em diversos quintais que visitei, e esse pouco que tive ocasião de ver não me admirou, pois que era jogo mais ou menos semelhante ao que primeiro tinha aprendido.

Mas veio um dia em que entrei no quintal do mestre Salreu, e da parte de fora da janela do barracão estive vendo um assalto, como nunca julguei que pudesse haver. Que energia de pancadas, que certeza nas defesas, que cousa tão linda, certa e movimentada, em que logo percebi, que ali nada se perdia no ar, e que o terreno era disputado com toda a consciência.

Escusado será dizer, que logo que o assalto terminou eu estava da parte de dentro do barracão, para ver os outros assaltos ou lições que se seguiram, e no dia seguinte eu era mais um discípulo do mestre Salreu.

(…) Domingos Valente de Couras Salreu foi o jogador da elite, o homem mais completo, com mais vastos conhecimentos, sabendo-se cobrir como ninguém, cortando só quando era oportuno, e sabendo fazer brilhar o seu adversário quando isso lhe convinha ou apetecia. Nunca ninguém deixou de ficar satisfeito, quando acabasse de jogar com o mestre Salreu, mas posso afiançar que exceptuando alguns seus discípulos adiantados, ninguém percebia do que ele poderia fazer, se fosse um jogador vaidoso.»
CAÇADOR, António Nunes, Jogo do Pau: esgrima nacional, Lisboa: ed. Autor, 1963 (sobre o livro)

Conhecimentos técnico

Mestres onde obteve conhecimentos técnicos do Jogo do Pau português:

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Ver também

Referências