Grupo do Jogo do Pau Kas Bak: diferenças entre revisões
Sem resumo de edição |
|||
(Há 17 edições intermédias do mesmo utilizador que não estão a ser apresentadas) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
== Sobre == | == Sobre == | ||
* '''Escola:''' Grupo do Jogo do Pau | * '''Escola:''' Grupo do Jogo do Pau Kás-Bak | ||
* '''Instituição colectiva:''' Grupo Desportivo e Cultural de | * '''Instituição colectiva:''' Grupo Desportivo e Cultural de Kás-Bak Futebol Club | ||
* '''Região:''' Fafe | * '''Região:''' Fafe | ||
* '''Responsável:''' | * '''Responsável:''' Anselmo de Magalhães | ||
* '''Estado:''' Inativa | * '''Estado:''' Inativa | ||
O '''Grupo Desportivo e Cultural de «Kás-Bak» Futebol Club''' nasceu em 1942, em Fafe, mas só formalmente constituída Associação em 5 de dezembro de 1977. | |||
O nome Kas Bak vem de um filme de aventuras sarianas chamado "Casbah" e foi escolhido por ter sido do agrado dos fundadores do clube. O grupo tinha como sede um casebre no Bairro de S. José e era composto por cerca de 50 membros, entre homens e mulheres, com idades entre 4 e 70 anos. | |||
A maioria dos membros era composta por mulheres, o que é incomum no mundo do jogo do pau, e a prática da arte marcial é acompanhada por um certo feminismo moderado. O treinador do clube, ''Anselmo de Magalhães'', destacava em 1993 a originalidade e a riqueza do modo de jogar do ''Kas Bak'', que se caracteriza pela curta distância dos golpes e pela organização da defesa, envolvendo todos os sectores do corpo. | |||
== Publicações onde é citado == | == Publicações onde é citado == | ||
Linha 24: | Linha 26: | ||
Meia centena de atletas, entre rapazes e raparigas, estudantes e trabalhadores que treinam no Ginásio da Escola C+S local, de 15 em 15 dias e aos domingos. A maioria pertence a famílias de gloriosos puxadores, passando conhecimentos de geração em geração. Há marido e mulher. Há pais e filhos, tios e sobrinhos, irmãos. São todos amigos e unidos. Uma espécie de tribo respeitada pelos fafenses. Porém praticamente sem apoios e subsídios, vivendo de quotizações e da ajuda de uns carolas. O maior problema é, no entanto, a aquisição de rachas em lodão, porque esta madeira escasseia e só há um marceneiro capaz de as fazer..»<br> | Meia centena de atletas, entre rapazes e raparigas, estudantes e trabalhadores que treinam no Ginásio da Escola C+S local, de 15 em 15 dias e aos domingos. A maioria pertence a famílias de gloriosos puxadores, passando conhecimentos de geração em geração. Há marido e mulher. Há pais e filhos, tios e sobrinhos, irmãos. São todos amigos e unidos. Uma espécie de tribo respeitada pelos fafenses. Porém praticamente sem apoios e subsídios, vivendo de quotizações e da ajuda de uns carolas. O maior problema é, no entanto, a aquisição de rachas em lodão, porque esta madeira escasseia e só há um marceneiro capaz de as fazer..»<br> | ||
<small>Artigo JND | <small>Artigo JND Reportagemm de 1991 ([[Artigo: JND Reportagem - Jogo do Pau|ver mais]])</small> | ||
|- | |- | ||
|} | |} | ||
{| class="wikitable" style="text-align: left;" | |||
|- | |||
| | |||
« | |||
Em Fafe existe uma colectividade que se dedica como muito entusiasmo ao jogo do pau - o '''Kás-Bak''', nome bizarro que vem de ''«Casbah»'', filme de aventuras passadas no deserto do Sara. | |||
Sem nada ter a ver com a famigerada justiça de Fafe quem sai aos seus não degenera - é, simplesmente, um clube que se esquiva a uma predeterminação masculina. A maioria dos seus praticantes são mulheres por oposição aos homens. E o seu feminismo alia-se a um certo mas moderado casticismo. Tendo por sede um vago casebre no Bairro de S. José, onde reúne, numa balbúrdia, os seus parcos haveres com a «tralha do ofício», a colectividade congrega 50 jovens entre os quatro e os 70 anos. | |||
A «escola fafense» junta, segundo o treinador Anselmo de Magalhães, o grande alcance de golpes, ao aparato e curta distância em que é executado e mesmo à organização de defesa, pondo em actividade todos o sectores do corpo. Precisamente nesta linha de pensamento, insiste, por exemplo, na pluridimensional riqueza e originalidade do '''Kás-Bak''' - um singular modo de jogar cara a cara o pau. | |||
Mas o clube, pela deficiência de instalações que enferma, não tem vindo a efectuar um trabalho de massas como seria de desejar. Dessa situação resulta uma descontinuidade na acção, acção essa entrecortada de altos e baixos periódicos, que prejudicam o seu crescimento. | |||
Verifica-se falta de regularidade nas iniciativas, organização deficiente e acção cultural muito incompleta. | |||
O '''Kás-Bak''' está longe dos anos passados em que a Escola C+S local lhes disponibilizava o Ginásio, de 15 em 15 dias e aos domingos. Não obstante, no clube há atitudes, gestos, expressões e arrebatamentos. Por isso a arte do jogo do pau exige hoje mais do que nunca plasticidade, nervosismo, o arfar incessante e agitado, ritmo das pernas e dos braços. Sim, mas numa identidade em que se mostra a face da inocência ou o feminino.»<br> | |||
<small>Artigo em Notícias Magazine de 21 novembro 1993 ([[Artigo: A lei do pau|ver mais]])</small> | |||
|- | |||
|} | |||
{| class="wikitable" style="text-align: left;" | |||
|- | |||
| | |||
« | |||
A Sociedade de Recreio Cepanense, com sede em Cepães, levou a efeito nos passados dias 17 e 18 de Maio o 1 Encontro Nacional de Jogo do Pau, com a colaboração do Grupo de Jogo de Pau: '''Kas-Bak'''. | |||
»<br> | |||
<small>Artigo em «Correio de Fafe» de 1986 ([[Recorte Jornal: Encontro Nacional de Jogo do Pau - Fafe 1986|ver mais]])</small> | |||
|- | |||
|} | |||
{| class="wikitable" style="text-align: left;" | |||
|- | |||
| | |||
« | |||
Será nas Feiras Francas de Maio, a 17 e 18, que a S. R. Cepanense organizará o I Encontro Nacional de Jogo do Pau, em Fafe. (...) A organização contará com a colaboração do Grupo '''KAS-BAK''', e espera-se que tenha o apoio de diversas entidades oficiais (Governo Civil, SEJ, FOAJ, DGD, Comissão Regional de Turismo e Câmara), já que envolve verbas da ordem dos 500 contos. | |||
»<br> | |||
<small>Artigo em «Intervenção Cepanence» de 1986 ([[Recorte Jornal: Sociedade organiza - I Encontro Nacional de Jogo do Pau 1986|ver mais]])</small> | |||
|- | |||
|} | |||
== Galeria de imagens == | |||
Fotos do artigo JND Reportagemm de 1991 ([[Artigo: JND Reportagem - Jogo do Pau|ver mais]])</small> | |||
<gallery mode="traditional" heights=200px> | |||
Image:Kas-bak_1.png|Duelo feminino | |||
Image:Kas-bak_2.png|Jogo do Meio feito por uma rapariga | |||
Image:Kas-bak_3.png|Grupo de parazes e raparigas | |||
Image:Kas-bak_4.png|Jogo | |||
Image:Kas-bak_5.png|Jogo | |||
Image:Kas-bak_6.png|Jogo | |||
</gallery> | |||
== Ver também == | == Ver também == |
Edição atual desde as 09h59min de 6 de junho de 2023
Sobre
- Escola: Grupo do Jogo do Pau Kás-Bak
- Instituição colectiva: Grupo Desportivo e Cultural de Kás-Bak Futebol Club
- Região: Fafe
- Responsável: Anselmo de Magalhães
- Estado: Inativa
O Grupo Desportivo e Cultural de «Kás-Bak» Futebol Club nasceu em 1942, em Fafe, mas só formalmente constituída Associação em 5 de dezembro de 1977.
O nome Kas Bak vem de um filme de aventuras sarianas chamado "Casbah" e foi escolhido por ter sido do agrado dos fundadores do clube. O grupo tinha como sede um casebre no Bairro de S. José e era composto por cerca de 50 membros, entre homens e mulheres, com idades entre 4 e 70 anos.
A maioria dos membros era composta por mulheres, o que é incomum no mundo do jogo do pau, e a prática da arte marcial é acompanhada por um certo feminismo moderado. O treinador do clube, Anselmo de Magalhães, destacava em 1993 a originalidade e a riqueza do modo de jogar do Kas Bak, que se caracteriza pela curta distância dos golpes e pela organização da defesa, envolvendo todos os sectores do corpo.
Publicações onde é citado
« O grupo, que com o seu congénere de Bucos, em Cabeceiras de Basto, mantém regular actividade, com treinos e exibições públicas por todo o país (já foram a França, obtendo muito êxito) é o «Kas Bak», nome bizarro a lembrar «Casbah» e essa é a referência. O grupo Desportivo e Cultural de «Kas Bak» Futebol Club nasceu em 1942 e a designação retirou-a de um filme de aventuras sarianas! «Gostaram do nome e adoptaram-no com um erro de ortografia», explica Francisco Novais Costa, vice-presidente. Meia centena de atletas, entre rapazes e raparigas, estudantes e trabalhadores que treinam no Ginásio da Escola C+S local, de 15 em 15 dias e aos domingos. A maioria pertence a famílias de gloriosos puxadores, passando conhecimentos de geração em geração. Há marido e mulher. Há pais e filhos, tios e sobrinhos, irmãos. São todos amigos e unidos. Uma espécie de tribo respeitada pelos fafenses. Porém praticamente sem apoios e subsídios, vivendo de quotizações e da ajuda de uns carolas. O maior problema é, no entanto, a aquisição de rachas em lodão, porque esta madeira escasseia e só há um marceneiro capaz de as fazer..» |
« Em Fafe existe uma colectividade que se dedica como muito entusiasmo ao jogo do pau - o Kás-Bak, nome bizarro que vem de «Casbah», filme de aventuras passadas no deserto do Sara. Sem nada ter a ver com a famigerada justiça de Fafe quem sai aos seus não degenera - é, simplesmente, um clube que se esquiva a uma predeterminação masculina. A maioria dos seus praticantes são mulheres por oposição aos homens. E o seu feminismo alia-se a um certo mas moderado casticismo. Tendo por sede um vago casebre no Bairro de S. José, onde reúne, numa balbúrdia, os seus parcos haveres com a «tralha do ofício», a colectividade congrega 50 jovens entre os quatro e os 70 anos. A «escola fafense» junta, segundo o treinador Anselmo de Magalhães, o grande alcance de golpes, ao aparato e curta distância em que é executado e mesmo à organização de defesa, pondo em actividade todos o sectores do corpo. Precisamente nesta linha de pensamento, insiste, por exemplo, na pluridimensional riqueza e originalidade do Kás-Bak - um singular modo de jogar cara a cara o pau. Mas o clube, pela deficiência de instalações que enferma, não tem vindo a efectuar um trabalho de massas como seria de desejar. Dessa situação resulta uma descontinuidade na acção, acção essa entrecortada de altos e baixos periódicos, que prejudicam o seu crescimento. Verifica-se falta de regularidade nas iniciativas, organização deficiente e acção cultural muito incompleta. O Kás-Bak está longe dos anos passados em que a Escola C+S local lhes disponibilizava o Ginásio, de 15 em 15 dias e aos domingos. Não obstante, no clube há atitudes, gestos, expressões e arrebatamentos. Por isso a arte do jogo do pau exige hoje mais do que nunca plasticidade, nervosismo, o arfar incessante e agitado, ritmo das pernas e dos braços. Sim, mas numa identidade em que se mostra a face da inocência ou o feminino.» |
«
A Sociedade de Recreio Cepanense, com sede em Cepães, levou a efeito nos passados dias 17 e 18 de Maio o 1 Encontro Nacional de Jogo do Pau, com a colaboração do Grupo de Jogo de Pau: Kas-Bak.
» |
«
Será nas Feiras Francas de Maio, a 17 e 18, que a S. R. Cepanense organizará o I Encontro Nacional de Jogo do Pau, em Fafe. (...) A organização contará com a colaboração do Grupo KAS-BAK, e espera-se que tenha o apoio de diversas entidades oficiais (Governo Civil, SEJ, FOAJ, DGD, Comissão Regional de Turismo e Câmara), já que envolve verbas da ordem dos 500 contos.
» |
Galeria de imagens
Fotos do artigo JND Reportagemm de 1991 (ver mais)