Livro: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira: diferenças entre revisões
(Criou a página com "thumb|right|200px| {| align=center |- |capa do livro |- | |} == Sobre == * '''Relevância: ''' ★★	...") |
|||
Linha 27: | Linha 27: | ||
À característica da escola galega é o grande alcance dos seus golpes de ponta e nos rebates, executados geralmente só com uma mão; a escola ribatejana é muito aparatosa, mas perigosa, pois os adversários se batem a muito curta distância. A escola de Lisboa deu maior segurança ao jogo, organizando o sistema defensivo e fez dele excelente exercício, pondo em actividade todos os sectores do corpo. O sucessor de [[Mestre: José Maria da Silveira|José Maria Silveira o Saloio]] foi [[Pedro Augusto da Silva|Pedro Augusto da Silva]], o primeiro professor | À característica da escola galega é o grande alcance dos seus golpes de ponta e nos rebates, executados geralmente só com uma mão; a escola ribatejana é muito aparatosa, mas perigosa, pois os adversários se batem a muito curta distância. A escola de Lisboa deu maior segurança ao jogo, organizando o sistema defensivo e fez dele excelente exercício, pondo em actividade todos os sectores do corpo. O sucessor de [[Mestre: José Maria da Silveira|José Maria Silveira o Saloio]] foi [[Pedro Augusto da Silva|Pedro Augusto da Silva]], o primeiro professor | ||
do Ginásio Clube Português, a quem sucederam [[Mestre: Artur dos Santos|Artur Santos]], [[Mestre: Frederico Hopffer|Frederico Hopffer]] e, na actualidade (1949) [[Domingos Miguel|Domingos Miguel]]. Muitos foram os amadores de mérito, consagrados nos célebres saraus do Ginásio, e entre eles citam-se:<br> | do Ginásio Clube Português, a quem sucederam [[Mestre: Artur dos Santos|Artur Santos]], [[Mestre: Frederico Hopffer|Frederico Hopffer]] e, na actualidade (1949) [[Domingos Miguel|Domingos Miguel]]. | ||
''Pedro Canas, Bernardo Freire, Carlos Relvas, Jaime Farinha, dr. Moura Pinheiro, dr. César de Melo, D. José Perdigão, dr. Salazar Carreira, Francisco Costa, Arnaldo Ressano Garcia, Carlos Mártires, etc. | |||
Muitos foram os amadores de mérito, consagrados nos célebres saraus do Ginásio, e entre eles citam-se:<br> | |||
''Pedro Canas, Bernardo Freire, Carlos Relvas, Jaime Farinha, dr. Moura Pinheiro, dr. César de Melo, D. José Perdigão, dr. Salazar Carreira, Francisco Costa, Arnaldo Ressano Garcia, Carlos Mártires, etc.'' | |||
Da terminologia própria ao jogo do pau, destacamos os termos seguintes, mais usados:<br> | Da terminologia própria ao jogo do pau, destacamos os termos seguintes, mais usados:<br> | ||
Linha 39: | Linha 41: | ||
jogador;<br> | jogador;<br> | ||
'''sarilho''', combinação de evoluções circulatórias do pau, ou do jogador com o pau, destinada a evitar a aproximação do ou dos adversários; os sarilhos eram o processo usado pelos afamados varredores de feiras;<br> | '''sarilho''', combinação de evoluções circulatórias do pau, ou do jogador com o pau, destinada a evitar a aproximação do ou dos adversários; os sarilhos eram o processo usado pelos afamados varredores de feiras;<br> | ||
'''varrer pancadas''', opôr à pancada adversária outra lançada em sentido inverso.<br> | '''varrer pancadas''', opôr à pancada adversária outra lançada em sentido inverso.»<br> | ||
<small>(Páginas 657-658)</small> | <small>(Páginas 657-658)</small> | ||
|- | |- | ||
|} | |} |
Revisão das 14h33min de 24 de junho de 2021
Sobre
- Relevância: ★★★
- Título: Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse Seleções
- Autor: Vários
- Publicação: Seleções do Reader's Digest, 1978
- Formato: Dura com sobre-capa, 2386 páginas (25cm x 19cm)
Excerto da obra
Capítulo Arraial por Portugal.
« Jogo do pau : Esgrima característica portuguesa, há mais de dois séculos praticada pela gente do povo em algumas províncias, com o varapau, arma natural de que dispunha e que em princípios do século passado foi introduzida nos meios desportivos da capital por José Maria Silveira, conhecido pelo Saloio e a quem Eduardo Noronha se refere no seu livro O Último Marquês de Nisa. A arma usada no jogo do pau é uma vara de lodão, de 1,50 m. de comprimento aproximado (posto aprumado no solo, a extremidade superior deve rasar a altura da boca do jogador), que se empunha, conforme as escolas, pelo mais grosso ou mais delgado. Nada existe sobre a história deste jogo em Portugal, cuja bibliografia se resume ao trabalho de Frederico Hopffer, O Jogo do Pau; conhecem-se, no entanto, três escolas: a do Norte (Minho e Trás-os-Montes), conhecida pelo nome de galega; a do Ribatejo, ou pataleira (de Pataios) e a de Lisboa. Esta última nasceu nos quintais dos arrabaldes lisboetas, onde nortenhos se distraíam jogando o pau e teve como principal animador Domingos Salreu. Foi, porém, o Saloio o mestre que a regulamentou e lhe deu personalidade, disciplinando os princípios das outras escolas e transformando o que era apenas uma forma de combate em verdadeiro desporto. À característica da escola galega é o grande alcance dos seus golpes de ponta e nos rebates, executados geralmente só com uma mão; a escola ribatejana é muito aparatosa, mas perigosa, pois os adversários se batem a muito curta distância. A escola de Lisboa deu maior segurança ao jogo, organizando o sistema defensivo e fez dele excelente exercício, pondo em actividade todos os sectores do corpo. O sucessor de José Maria Silveira o Saloio foi Pedro Augusto da Silva, o primeiro professor do Ginásio Clube Português, a quem sucederam Artur Santos, Frederico Hopffer e, na actualidade (1949) Domingos Miguel. Muitos foram os amadores de mérito, consagrados nos célebres saraus do Ginásio, e entre eles citam-se: Da terminologia própria ao jogo do pau, destacamos os termos seguintes, mais usados: |
Ler as páginas
Ver também
- Consulte toda a Bibliografia