Livro: Portugal - desporto e sociedade
Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Título: Portugal : desporto e sociedade
- Autor: José Maria Noronha Feio (1932-1990)
- Publicação: Lisboa : Direcção-Geral da Comunicação Social : Terra Livre, 1985
- Formato: 216-(4) páginas - 20 cm - Ilustrado no texto com mapas e fotografias a preto
Excelente livro escrito por José Feio em 1985. Noronha Feio foi humanista, sonhador e conhecedor de várias artes e saberes. Foi praticante de atletismo (salto em altura) e voleibol, representando Portugal em várias provas internacionais[1]. Foi também, o primeiro licenciado em Educação Física e Desporto a ser nomeado Diretor do Instituto Nacional de Educação Física (INEF)[2].
Excerto da obra
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« A arvore deu ao homem inúmeros jogos, muitos deles derivados de instrumentos de trabalho ou defesa. O jogo do pau ainda hoje é praticado em Portugal. De arma de defesa, contra homens ou feras, ou de alavanca para transpor pequenos valados, o jogo do pau originou por um lado uma singular esgrima, caída em desuso pelo aperfeiçoamento das armas de aço, este em função da indústria de guerra e, depois, pela competição desportiva dos nobres italianos. (...) Se da tradição antiga, a luta corpo a corpo, ou a acrobacia ginástica, devem à escultura grega e etrusca a histórica verificação; se das guerras da nossa conquista, e de todas as guerras antigas, a luta corpo a corpo poderá ter dado origem à luta desportiva; a pastorícia, colocando os homens na situação de líderes de condução, disciplina, recolha ou escolha do gado, provocou a luta com os animais. Aquela luta é bem mais remota, e estende-se a todo o largo período em que esse mesmo homem teve que enfrentar o assalto das feras. De qualquer maneira, da situação de trabalho, ou da situação de sobrevivência nasceu jogada a luta corporal contra um elemento da natureza o animal obstáculo aliciante, por difícil, apenas dominável mais pelo engenho propiciado por uma larga observação empírica sobre o seu comportamento (observação para estabelecer as regras do jogo), pela astúcia e inteligência do homem, do que pela força humana, pese a importância desta na performance desportiva de todos os tempos.
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Fotografia existente no livro
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