Livro: Um ar da sua graça

Fonte: Jogo do Pau Português
capa do livro

Sobre

  • Relevância: ★☆☆
  • Título: Um ar da sua graça (Farrapos Animados)
  • Autor: Heitor de Campos Monteiro (1899-1961)
  • Publicação: Oficinas ARS. Casa Editora de A. Figueirinhas, Lda. Porto, 1933
  • Formato: 12x19 cm. 244-II págs. E., Capa ilustrada a cores da autoria de Adalberto Sampaio.


Livro humorístico escrito por Heitor Monteiro, Jornalista e Escritor, natural de São Mamede de Infesta (Matosinhos). Em 1911, contando apenas 12 anos de idade, dirigiu um jornal infantil intitulado “A Criança”, mais tarde, em 1916, 1921 e 1924, dirigiu as revistas literárias O Flirt, Céu Azul e Labareda. De colaboração com Arnaldo Leite, Carvalho Barbosa, e, posteriormente, com seu irmão Germano de Campos Monteiro, dirigiu o semanário humorístico “Maria Rita”. Após a morte de seu pai, e com a mesma parceria com seu irmão, dirigiu o magazine “Civilização”.

O seu primeiro trabalho literário foi um livro de versos humorísticos, intitulado “Retrato-Esboço”, seguindo-se-lhe os volumes de contos e de crónicas: “Tribunal dos Pequenos Delitos”; “Um ar da minha graça”, e “Telha Nacional”. De colaboração com Arnaldo Leite, escreveu a revista “Ò meu rico S. João” e as operetas “O Pardal de S.Bento” e “O Farol da Boa Nova”, tendo publicado, de colaboração com seu irmão, a comédia em 3 actos “O Inocêncio em Pessoa”. Traduziu ainda algumas obras de humoristas franceses.[1]

Excerto da obra

« Marmeleiro

O marmeleiro é uma planta que costuma vegetar entre as outras plantas da criação: são as plantas das mãos de quem o usa.

Em Portugal dá-se muito bem. Dá-se à beira-mar, nas montanhas, e dá-se sobretudo nas costas dos parceiros.

Estende-se em todas as províncias e nos lombos aptos a recebê-lo.

O marmeleiro é empregado, gramaticalmente, como argumento de força; e, vegetalmente, dá um fruto exquisito que ninguém come se não com açúcar em ponto.

A uma sova de marmeleiro, chama-se marmelada; e quando tem nós, deixa as costas dos outros como uma flauta: cheia de buraquinhos.

Os marmelos são uns frutos exquisitos que os homens desprezam e que as mulheres trazem no seio.

Mas há marmelos de marmelos... (Página 133) »

Ver também

Referências

  1. Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”