Mestre: José Ribeiro Chula
Sobre
Mestre José Ribeiro Chula Júnior nasceu em Alhos Vedros em 1908 e iniciou a sua prática ao 17 anos com o seu mestre António Moleiro, antigo aluno do Ateneu de Lisboa que tinha escola em Valdera.
Segundo Mestre António Nunes Caçador, José Ribeiro Chula foi um dos mais entusiastas e valentes jogadores que encontrou, e, foi sem dúvida um dos melhores mestres do seu tempo.
Teve escola na Quinta das Pedras (próximo de Alhos Vedros), Moita e Grupo Desportivo da CUF.[1]
Publicações onde é citado
«Grandes assaltos de Jogo do Pau que tomam parte os distintos professores desta esgrima, srs: António Moleiro de Valdera; José Ribeiro Chula Junior, da Moita, e os ageis jogadores: António Verissimo e A. Brinca, da Carregueira; Henrique Valente, de Alhos Vedros; Manuel Curado, de Olhos de Água e Julio dos Santos, do Barreiro.» |
«Quando há anos, poucos ainda, veio um grupo de jogadores da probincia, fazer umas demonstrações ao Parque Mayer, caso que a Imprensa largamente relatou, segundo a qual dizia, nunca Lisboa havia presenciado um igual grupo de jogadores, entre os quais vinha um tal J. do L. conhecido pelo «Rei da Zaragata». Estes rapazes executaram o seu trabalho conforme podiam e sabiam e esta tudo omito certo; no entanto uma parte da assistêcia, por qualquer circunstância, resolve assobiar os artistas que se exibiam no terreiro, estes porém, ofendidos e perturbados, não resistiram à indignação, entre os quais o tal «Rei da Zaragata». Este lança um desafio a qualquer da assistência para se bater com ele, fosse quem fosse. O é certo que na primeira fila encontrava-se um grupo de mestres da Escola de Lisboa um tanto ou quanto impressionados com a propaganda feita pela Imprensa, houve então um que foi ao campo aceitar o repto, quem havia de serer? José Ribeiro Chula (do Barreiro), mestre da esgrima nacional. O jogo começa dentro de uma circunferência e poucos momentos após o nosso valentão recebe três toques sérios que não conseguiu evitar, o que se passou mesmo na presença da autoridade que saltou ao campo para separar os contendores, conjuntamente com o público. E assim terminou o espectáculo. (O melhor é não desafiar ninguém...)» |
«De todas as Escolas que rivalizaram na nossa região, duas se distinguem em termos técnicos, que alguns dos seus discípulos tentam manter. Devido a percursos e aprendizagens diferentes essas Escolas são simbolizadas nos seus principais mestres: António Moleiro e Domingos Margarido. Ambos caramelos, um de Pinhal Novo e o outro de Valdera. Foi em torno destes dois símbolos do Jogo do Pau Português que aprendem dezenas de jovens, do Penteado a Águas de Moura, de Palmela a Pegões. Os discípulos destes mestres formaram novos núcleos em praticamente todas as localidades da região. O trabalho destes primeiros mestres, que estão referenciados documentalmente, de recolher e estudar todas as técnicas e estilos conhecidos, contactando regularmente com outras escolas e outros jogadores, permitiu que tudo pudesse ser sistematizado por duas figuras ímpares do Jogo do Pau Português, os Mestres José Ribeiro Chula e Silvino Melro. Em torno destas escolas assenta todo o saber do Jogo do Pau, Caramelo, do Sul, da Borda d’ Água, ou outra. Após a morte destes Mestres o Jogo do Pau na nossa região entrou em declínio.» |
GRANDIOSO JOGO DE PAU José Ribeiro Chula Júnior |
Conhecimentos técnico
Mestres onde obteve conhecimentos técnicos do Jogo do Pau português:
Galeria de imagens
Ver também
Referências
- ↑ CAÇADOR, António Nunes, Jogo do Pau: esgrima nacional, Lisboa: ed. Autor, 1963, p. 59 (ver folheto)