O Malhadinhas: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
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''«O Pau defendia-me de cão, de malta frente a frente, mas para jogos de falsa fé e pessoas de mau sentido não havia como uma faquinha.»''
''«O Pau defendia-me de cão, de malta frente a frente, mas para jogos de falsa fé e pessoas de mau sentido não havia como uma faquinha.»''


Malhadinhas é o protagonista da novela epónima da autoria de ''Aquilino Ribeiro'' (1885-1963), publicado pela primeira vez na coletânea ''«A Estrada de Santiago»'', em 1922. Redigida sob a forma de um monólogo, ao longo de dez capítulos, ''Malhadinhas'', conta a sua “crónica”, ponteada de coragem, matreirice e pertinácia, a «escrivães da vila e manatas». Podemos conhecer a atribulada história da sua vida como almocreve que percorre um mundo que vai de ''Aveiro'', onde compra sal, a ''Barrelas'', onde o vende, tendo os seus divertimentos e aventuras em cada local onde pernoita. Casou com a sua prima ''Brízida Penisa da Rocha Malhada''<ref>https://geneall.net/pt/forum/169889/descendentes-do-malhadinhas/</ref>, filha de ''Manuel da Rocha Malhada''<ref>https://geneall.net/pt/nome/2461730/antonio-da-rocha-malhada-o-malhadinhas/</ref> . Com Brízida, teve dezanove filhos.<ref>https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$malhadinhas</ref>
Malhadinhas é o protagonista da novela epónima da autoria de ''Aquilino Ribeiro'' (1885-1963), publicado pela primeira vez na coletânea ''«A Estrada de Santiago»'', em 1922. Redigida sob a forma de um monólogo, ao longo de dez capítulos, ''Malhadinhas'', conta a sua “crónica”, ponteada de coragem, matreirice e pertinácia, a «escrivães da vila e manatas». Podemos conhecer a atribulada história da sua vida como almocreve que percorre um mundo que vai de ''Aveiro'', onde compra sal, a ''Barrelas'', onde o vende, tendo os seus divertimentos e aventuras em cada local onde pernoita. Casou com a sua prima, ''Brízida Penisa da Rocha Malhada''<ref>https://geneall.net/pt/forum/169889/descendentes-do-malhadinhas/</ref>, filha de ''Manuel da Rocha Malhada''<ref>https://geneall.net/pt/nome/2461730/antonio-da-rocha-malhada-o-malhadinhas/</ref> . Com Brízida, ''Malhadinhas'' teve dezanove filhos.<ref>https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$malhadinhas</ref>


Malhadinhas foi discípulo de ''Chico Pedreiro'', de ''Ermesinde'', que veio para ''Barrelas'' erguer paredes e, tinha as suas aulas por detrás do cemitério. Segundo ''Malhadinhas «apanhou muita negra nas mãos e nos braços, mas, honra lhe seja, aprendeu o manejo todo.»''. Dizia também que ''«Chico Pedreiro era a alma dum jogador! Dois homens a atirar-lhe pedras, as pedras a choverem umas atrás das outras por cima dele, e ele parava-as só com o pau.»''.
Malhadinhas foi discípulo de ''Chico Pedreiro'', de ''Ermesinde'', que veio para ''Barrelas'' erguer paredes e, tinha as suas aulas por detrás do cemitério. Segundo ''Malhadinhas «apanhou muita negra nas mãos e nos braços, mas, honra lhe seja, aprendeu o manejo todo.»''. Dizia também que ''«Chico Pedreiro era a alma dum jogador! Dois homens a atirar-lhe pedras, as pedras a choverem umas atrás das outras por cima dele, e ele parava-as só com o pau.»''.

Revisão das 17h41min de 12 de fevereiro de 2024

Outros nomes Malhadinhas
Nascimento 1830
Morte 23-03-1914
Nacionalidade Portuguesa
Naturalidade Barrelas

Sobre

António da Rocha Malhada, mais conhecido por Tio Malhadinhas, como era conhecido na Vila Nova de Paiva (ajudengado nome, chamou-lhe Aquilino Ribeiro, que no séc. XIX deram à povoação de Barrelas), onde nasceu em 1830 e faleceu aos 84 anos em 23 de março de 1914, de “bronquite crónica”, como consta no seu registo de óbito.[1]

Apresentava-se como um serrano rústico, grosseiro e matreiro, almocreve de profissão. Defendendo-se à navalhada e golpes de pau (e por vezes a tiro) dos inimigos com que se foi deparando ao longo dos caminhos e da vida, Malhadinhas confessa:

«O Pau defendia-me de cão, de malta frente a frente, mas para jogos de falsa fé e pessoas de mau sentido não havia como uma faquinha.»

Malhadinhas é o protagonista da novela epónima da autoria de Aquilino Ribeiro (1885-1963), publicado pela primeira vez na coletânea «A Estrada de Santiago», em 1922. Redigida sob a forma de um monólogo, ao longo de dez capítulos, Malhadinhas, conta a sua “crónica”, ponteada de coragem, matreirice e pertinácia, a «escrivães da vila e manatas». Podemos conhecer a atribulada história da sua vida como almocreve que percorre um mundo que vai de Aveiro, onde compra sal, a Barrelas, onde o vende, tendo os seus divertimentos e aventuras em cada local onde pernoita. Casou com a sua prima, Brízida Penisa da Rocha Malhada[2], filha de Manuel da Rocha Malhada[3] . Com Brízida, Malhadinhas teve dezanove filhos.[4]

Malhadinhas foi discípulo de Chico Pedreiro, de Ermesinde, que veio para Barrelas erguer paredes e, tinha as suas aulas por detrás do cemitério. Segundo Malhadinhas «apanhou muita negra nas mãos e nos braços, mas, honra lhe seja, aprendeu o manejo todo.». Dizia também que «Chico Pedreiro era a alma dum jogador! Dois homens a atirar-lhe pedras, as pedras a choverem umas atrás das outras por cima dele, e ele parava-as só com o pau.».

Malhadinhas além de ser um exímio jogador de pau, também usava a sua faca quando era preciso. A sua mestria no jogo da faca, fez com que durante uma luta de pau, conseguisse cortar simultaneamente todos os botões do colete do seu oponente.

Alguma bibliografia dedicada a Malhadinhas

  • RIBEIRO, Aquilino, O Malhadinhas, Lisboa: Bertrand, 1958 (ver livro)

Galeria de imagens

Ver também

Links externos

Referências