Santana e Vasconcelos

Fonte: Jogo do Pau Português
Nascimento 07-10-1824
Morte 24-01-1888
Nacionalidade Portuguesa
Naturalidade Funchal

Sobre

Jacinto Augusto de Santana e Vasconcelos Moniz de Bettencourt, com o nome frequentemente grafado de Sant'Ana e Vasconcelos ou de Santana Vasconcelos, 2.º visconde de Nogueiras, foi um político e diplomata, que se destacou como membro da elite política e social de Lisboa em meados do século XIX. Exerceu as funções de deputado às Cortes e de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário de Portugal nos Estados Unidos da América.[1]

Durante a sua estadia no Rio de Janeiro, entre 1847 e 1849, Santana e Vasconcelos, então jovem diplomata português, terá protagonizado um episódio que perdurou na memória popular: um lendário combate contra o célebre capoeirista Manduca da Praia.

Santana destacava-se pela sua força e por ser exímio lutador de pau. Tendo chegado à cidade, ouviu falar de Manduca da Praia e decidiu desafiá-lo para um combate, já que era conhecido por não recuar diante de qualquer adversário.

Segundo versões orais preservadas em ladainhas de capoeira, Manduca saiu vitorioso, mas os dois ter-se-iam respeitado mutuamente e tornado amigos.

Ladainha tradicional da capoeira

«Mandingueiro era Manduca da Praia
Na Cidade Nova, no Rio de Janeiro
Chegou um homem de Portugal
Um deputado chamado Santana
Invencível brigão, jogador de pau
Procurou o Manduca, o desafiou
Manduca é claro que aceitou
No final desse conto, com muito desconto
Fiquei sabendo que Manduca ganhou — mandingueiro!»
«Mandingueiro Era Manduca Da Praia» de Mestre Coreba - oiça a música no Youtube

Publicações onde é citado

« Os fadistas do Rio de Janeiro são os capoeiras. Tem havido alguns notabilissimos pelas proezas. O Manduca da Praia — um homem pardo temivel—, que tinha loja de peixe no mercado, pendenciou com o impávido San'Anna e Vasconcellos n'um botequim fluminense, mas o nosso compatriota reguingou-lhe com valentia. San'Anna e Vasconcellos e o Manduca da Praia sahiram, uma vez, de braço dado de um theatro, a cuja porta eram esperados por uma alcatéa de capoeiras, com o fim de os aggredirem. Mas os maraus não se atreveram a tocar-lhes e limitaramse a abrir alas á sua passagem. (...) »
CARVALHO, Pinto de, Historia do fado, Empreza da historia de Portugal, 1903 (ver mais)

Ver também

Links externos

Referências