Varapau: diferenças entre revisões
(Criou a página com " Os paus obtinham-se de um bom ramo de qualquer árvore, menos de sabugueiro ou de outra semelhante no miolo. Os melhores e os mais bonitos eram os de marmeleiro. Para a preparação destes cortava-se a pernada ou ramo e, ainda verdoengo, era metido no forno da amassadura quando este se mostrasse bem quente. Desta operação resultava não só a facilidade da descasca, mas também, o endireitamento de alguma curvatura que tivesse em qualquer parte. Antes porém, de i...") |
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Pau de marmeleiro que levasse todas as devidas voltas, chegava a ser uma obra de arte. Quer por causa da cor natural que tinha e que a fricção oleosa reforçava, quer por causa das muitas e diferentes nodosidades que o inçavam de alto a baixo. Isto, para não falar dos enfeites com que podia ser encimado e do partido que se podia tirar da ferragem que muitos lhe punham na parte inferior. | Pau de marmeleiro que levasse todas as devidas voltas, chegava a ser uma obra de arte. Quer por causa da cor natural que tinha e que a fricção oleosa reforçava, quer por causa das muitas e diferentes nodosidades que o inçavam de alto a baixo. Isto, para não falar dos enfeites com que podia ser encimado e do partido que se podia tirar da ferragem que muitos lhe punham na parte inferior. | ||
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== Referências == |
Revisão das 09h58min de 17 de abril de 2022
Os paus obtinham-se de um bom ramo de qualquer árvore, menos de sabugueiro ou de outra semelhante no miolo. Os melhores e os mais bonitos eram os de marmeleiro.
Para a preparação destes cortava-se a pernada ou ramo e, ainda verdoengo, era metido no forno da amassadura quando este se mostrasse bem quente.
Desta operação resultava não só a facilidade da descasca, mas também, o endireitamento de alguma curvatura que tivesse em qualquer parte. Antes porém, de ir ao calor, procedia-se à esfrega de todo ele com borras de azeite.
Tirada a casca sem arranhões na madeira, novamente era oleado, agora com azeite, e friccionado com intensidade até ficar luzidio. Se, porventura, existia nele qualquer pequeno lombo, depois de sair do forno, era colocado sob o peso de objecto que, pouco a pouco, o levasse a corrigir o defeito.
Pau de marmeleiro que levasse todas as devidas voltas, chegava a ser uma obra de arte. Quer por causa da cor natural que tinha e que a fricção oleosa reforçava, quer por causa das muitas e diferentes nodosidades que o inçavam de alto a baixo. Isto, para não falar dos enfeites com que podia ser encimado e do partido que se podia tirar da ferragem que muitos lhe punham na parte inferior. [1]