Livro: Lisboa d'outros tempos: diferenças entre revisões
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* '''Publicação:''' Lisboa A.M. Pereira, 1899 | * '''Publicação:''' Lisboa A.M. Pereira, 1899 | ||
* '''Formato:''' 322 páginas | * '''Formato:''' 322 páginas (20,5 cm x 13,5 cm) | ||
... | Valiosa fonte para o estudo das mentalidades e para o conhecimento da vida social e artística durante o século XIX em Lisboa. | ||
O autor, apesar do estilo leve e marcado pelo tempo em que foram escritos, baseia os seus artigos em conscienciosa investigação (cita muitos manuscritos e impressos existentes em bibliotecas e arquivos) e em entrevistas a habitantes mais idosos de Lisboa. | |||
O 2º volume descreve a vida nos botequins e cafés desde finais do século XVIII. Em toda a obra perpassa a aura de um mundo perdido no tempo, dominado pela elegância, a devassidão, os fados e as touradas. | |||
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== Explicação preambular do autor == | |||
Assim como o primeiro volume da «Lisboa d’ outros tempos» é um agregado de artigos incertos em varias folhas periódicas, assim o segundo volume é uma serie de chronicas publicadas no "O Correio da Manhã" e no "Diário da Manhã". N’ettas desenhámos alguns perfis anedoticos e fizemos passar, rapidamente , como em quadros dissolventes, individualidades e sucessos que se vão esbatendo nas brumas do Passado. As fontes a que recorremos para as escrever são as mesmas que utilisámos para os artigos constitutivos do primeiro volume. | |||
Que se releve a maneira, talvez um pouco desconnexa, como os assuntos foram expostos por quem é, simplesmente , um "touriste" na literatura. | |||
== Excerto da obra == | == Excerto da obra == |
Revisão das 19h18min de 27 de abril de 2021
Sobre
- Relevância: ★☆☆
- Título: Lisboa d'outros tempos II - Os Cafés
- Autor: Pinto de Carvalho (Tinop)
- Publicação: Lisboa A.M. Pereira, 1899
- Formato: 322 páginas (20,5 cm x 13,5 cm)
Valiosa fonte para o estudo das mentalidades e para o conhecimento da vida social e artística durante o século XIX em Lisboa.
O autor, apesar do estilo leve e marcado pelo tempo em que foram escritos, baseia os seus artigos em conscienciosa investigação (cita muitos manuscritos e impressos existentes em bibliotecas e arquivos) e em entrevistas a habitantes mais idosos de Lisboa.
O 2º volume descreve a vida nos botequins e cafés desde finais do século XVIII. Em toda a obra perpassa a aura de um mundo perdido no tempo, dominado pela elegância, a devassidão, os fados e as touradas. [1]
Explicação preambular do autor
Assim como o primeiro volume da «Lisboa d’ outros tempos» é um agregado de artigos incertos em varias folhas periódicas, assim o segundo volume é uma serie de chronicas publicadas no "O Correio da Manhã" e no "Diário da Manhã". N’ettas desenhámos alguns perfis anedoticos e fizemos passar, rapidamente , como em quadros dissolventes, individualidades e sucessos que se vão esbatendo nas brumas do Passado. As fontes a que recorremos para as escrever são as mesmas que utilisámos para os artigos constitutivos do primeiro volume.
Que se releve a maneira, talvez um pouco desconnexa, como os assuntos foram expostos por quem é, simplesmente , um "touriste" na literatura.
Excerto da obra
« A psychologia do tempo mostra nos haver uma tendência esgrimidora, a bravura sem farfanteria, quando ainda se desconheciam o sport, o lawn tennis, o foolball, e todos esses barbaremos d'importação ingleza. Então, que o athlelismo parecia tomar uma forma cultual como na antiga Grécia, era numeroso o clan dos valentes: José Maria Saloio, grande jogador de pau e corista de S. Carlos; Gonçalo e José Lobo, que foram, no seu tempo, dos mais valentes estudantes da Universidade; José Maria Christiano, o bravo soldado das campanhas liberaes; Thomaz Jorge, cornetim do Gymnasio e professor da banda dos Cegos da Casa-Pia; os Schiappas, os Fragosos das Alcáçovas, João d'Aboim, poeta e jornalista; Luiz Forjaz, Diogo de Macedo, mais tarde engenheiro florestal; Francisco Pinto de Campos, ainda ha dois anos falecido em Villa Franca, com 77 anos, cuja valentia e força hercúlea eram notórias. Caçador consummado e toureiro amador, grangeou a estima do conde de Farrobo e do Conde de Vimioso, que o convidavam sempre para as suas caçadas e touradas. Entrara nas lutas da Maria da Fonte, e fora amigo do conde das Antas. A fanfarra estridente das requestas e aventuras alargava se em orchestrações poderosas, retinia em vibrações potentes, das quase mal nos chegam os echos amortecidos. Pugnazes, mas esthelas, pugiles, mas namoradiços, a indole esgrimidora d'esses leões não dava de mão ás exuberancias do sentimento. (p.242) » |
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Ver também
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- Mestre José Maria da Silveira
- Conde de Vimioso
- ↑ Livraria Castro e Silva em: https://www.castroesilva.com/store/sku/1702PG030/lisboa-d-outros-tempos-i-figuras-e-scenas-antigas-ii-os-cafes