Mestre: Domingos Salreu: diferenças entre revisões

Fonte: Jogo do Pau Português
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== Publicações onde é citado ==
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'''Domingos de Couras Salreu''', teve jogo na ''Travessa do Combro'' e ''retiro da Pipa'', em Lisboa.
»<br>
<small>CAÇADOR, António Nunes, ''Jogo do Pau: esgrima nacional'', Lisboa: ed. Autor, 1963 ([[Livro: Jogo do Pau: esgrima nacional|sobre o livro]])</small>
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Revisão das 19h35min de 5 de março de 2023

Outros nomes Salréu
Nascimento (?)
Morte (?)
Nacionalidade Portuguesa
Naturalidade Salréu (Aveiro)
Escola Lisboa (quintais)

Sobre

Mestre Domingos Valente de Couras, conhecido como Mestre “Salréu”, porque era natural de Salréu, vila do concelho de Estarreja, Aveiro.

Foi discípulo do Mestre José Maria da Silveira, «O Saloio», e mais tarde foi mestre e deu aulas durante 45 anos num quintal na Travessa do Colombo e retiro da Pipa, em Lisboa. Desenvolveu os "cortes" e passou esta técnica para o mestre José Dias («o 95»).

Foi o criador de uma «Séries de Jogo», compostas por sete secções, ainda hoje praticadas como exercício nas "Escolas de Lisboa". Estas séries de pancadas, nascem sempre da retaguarda ou viracostas, e sempre com uma pancada ameaçada seguida de outra descarregada a todo o comprimento para atingir o adversário. Este sistema de duas pancadas, serviria de treino, para mais tarde, quando o jogador estivesse bem desenvolvido no jogo coberto, pudesse aplica-las nos cortes.

A primeira série é constituída por duas pancadas, a terceira por quatro pancadas, a quarta por cinco pancadas, a quinta por seis pancadas, a sétima por oito pancadas.

Publicações onde é citado

« Domingos de Couras Salreu, teve jogo na Travessa do Combro e retiro da Pipa, em Lisboa. »
CAÇADOR, António Nunes, Jogo do Pau: esgrima nacional, Lisboa: ed. Autor, 1963 (sobre o livro)

« (…) conhecem-se, no entanto, três escolas: a do Norte (Minho e Trás-os-Montes), conhecida pelo nome de galega; a do Ribatejo, ou pataleira (de Pataios) e a de Lisboa. Esta última nasceu nos quintais dos arrabaldes lisboetas, onde nortenhos se distraíam jogando o pau e teve como principal animador Domingos Salreu. Foi, porém, o Saloio o mestre que a regulamentou e lhe deu personalidade, disciplinando os princípios das outras escolas e transformando o que era apenas uma forma de combate em verdadeiro desporto.»
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Enciclopédia, Limitada, volume XX, 1949 (sobre o livro)

« (…) Vi muito pouco antes de ir ao barracão do mestre Salreu, em diversos quintaes que visitei, e esse pouco que tive occasião de vèr, não me admirou, pois que era jogo mais ou menos semelhante ao que primeiro tinha aprendido.

Mas veio um dia em que entrei no quintal do mestre Salreu, e da parte de fóra da janella do barracão estive vendo um assalto, como nunca julguei que que podesse haver. Que energia de pancadas, que certeza nas defesas, que cousa tão linda, certa e movimentada, em que logo percebi, que ali nada se perdia no ar, e que o terreno era disputado com toda a consciência.

Escusado será dizer, que logo que o assalto terminou, eu estava da parte de dentro do barracão, para vêr os outros assaltos ou lições que se seguiram, e no dia seguinte eu era mais um discípulo do mestre Salreu.

(…) não posso também deixar de dizer, que Domingos Valente de Couras Salreu foi o jogador da elite, o homem mais completo, com mais vastos conhecimentos, sabendo-se cobrir como ninguém, cortando só quando era oportuno e sabendo fazer brilhar o seu adversario, quando isso lhe convinha ou apetecia. Nunca ninguém deixou de ficar satisfeito, quando acabasse de jogar com o mestre Salreu, mas posso afiançar que exceptuando alguns seus discípulos adiantados, ninguém percebia do que elle poderia fazer, se fosse um jogador vaidoso.

Salreu que ainda vive, e vivo será por muitos annos, sendo como de facto é, um homem inteligente, explicava muito claramente, quando entendia o discípulo merecer-lhe essa honra, e eu tenho bastas razoes para lhe ser grato. »
Livro "Duas palavras sobre o jogo de pau" de Frederico Hopffer, 1924 (sobre o livro)

« As cavalhadas e o jogo de pau no Velodromo de Lisboa

(...) O professor Domingos Salreu jogando o pau, vestido de campino. »
Artigo em Illustração Portugueza de 30 julho 1906 (ver mais)

REAL COLYSEU DE LISBOA
Domingo 2 de junho de 1993
(...)
JOGO DE BENGALA
pelos Ex.mos Srs. Eduardo de Sousa e Valentim Piato
(...)
JOGO DE PAU, DUPLO TRAPEZIO, ARGOLAS, TORNIQUETE
pelos Ex.mos Srs. Domingos Valente, Manuel Igrejas.
(...)

Folheto de divulgação de um sarau a realizar no Real Coliseu de Lisboa 1893 (ver folheto)

Conhecimentos técnico

Mestres onde obteve conhecimentos técnicos do Jogo do Pau português:

Ver também

Referências